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Luís Filipe Vieira: "Está à vista de todos quem tem alimentado este clima, para justificar a falta de resultados."

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No almoço oficial antes da Supertaça Cândido de Oliveira, que abre a época 2017/2018, Luís Filipe Vieira falou aos presentes.

Intervenção de Luís Filipe Vieira, presidente do Sport Lisboa e Benfica.

A Supertaça Cândido de Oliveira marca o início oficial da época. E marca também, o início daquilo que deve ser a festa do futebol.

Um desporto que mobiliza milhões de adeptos e simpatizantes, numa atividade que tanto prestígio tem dado ao país e tanto tem contribuído para a economia nacional.

Uma indústria com um enorme potencial e quando gerida de forma profissional, rigorosa e transparente obtém resultados que a todos nos orgulha.

Como é um bom exemplo, os que têm sido obtidos pelas nossas seleções nacionais nos diferentes escalões, que teve o seu momento mais alto no Europeu e que resulta de um trabalho bem coordenado entre a Federação e os clubes.

Nesse sentido, senhor Presidente, tendo conhecimento das novas áreas de aposta da Federação, quero garantir que conta connosco na projeção de novas competições nas áreas de formação – até porque como todos sabem essa é uma área prioritária para o Benfica.

Nós assumimos como principal prioridade estratégica o investimento na Caixa Futebol Campus do Seixal, a aposta na formação, na escola e viveiro dos nossos jogadores.

Por isso, fizemos questão de assinalar o arranque da nova época como uma apresentação e visita às obras de alargamento que ali estamos a efetuar.

Mas nas diferentes frentes de alargamento do fenómeno futebolístico, surge agora depois do futsal, o futebol feminino como a nova área que está em grande expansão e crescimento no nosso pais – com milhares de jovens a aderirem de forma apaixonada à sua prática.

Naturalmente, o Sport Lisboa e Benfica está muito atento a este crescimento. Iniciámos um rigoroso processo de estudo e análise sobre a eventual entrada do nosso clube no futebol feminino.

Estudo rigoroso porque queremos respeitar e preservar o trabalho de enorme esforço e de investimento na formação, que muitas coletividades têm realizado há longos anos no futebol feminino.

São muitas horas de trabalho que merecem que sejam preservadas pelos grandes clubes, constituindo uma área em que não queremos surgir de uma forma abrupta, meramente comprando títulos.

Estamos a analisar e em breve anunciaremos o nosso modelo de adesão respeitando os princípios atrás referidos.

Mas senhores Presidentes e caros convidados,

Quero neste encontro que assinala o início da nova época, em que mais uma vez os nossos dois clubes disputam um troféu, dando um bom exemplo de como é possível competir mas com respeito mútuo e fair play, abordar os sinais preocupantes com que a nova época se inicia.

A violência verbal, o clima de intimidação e ameaças, as suspeitas levantadas sobre todos os agentes desportivos, o absurdo de se ver um clube desprestigiar a principal competição nacional e de fazer pública exibição de informação supostamente roubada a outra sociedade desportiva – tudo isto é lamentável.

Mas tudo isto só acontece – porque existe quem tem pactuado com este conjunto de situações – pela sua inércia e incapacidade para reagir a tempo e horas com a autoridade e a credibilidade que se exigia.

Está à vista de todos – quem tem alimentado este clima, para justificar a falta de resultados. Quem quer fazer tábua rasa de tudo o que de bom o futebol português têm realizado, numa escandalosa política de terra queimada de tudo denegrir.

Impõe-se por isso, que talvez tenha chegado o momento das entidades oficiais, do estado e do governo chamarem a si, a procura do encontro de uma solução que permita, que seja uma entidade independente e credível a regulamentar e gerir as principais áreas que requerem independência e autonomia face aos diferentes competidores.

Que saiba impor regras claras e transparentes.

Impossível é o que se está a passar. A degradação dia a dia da imagem e credibilidade do futebol português para se justificar os maus resultados. A criação de um ambiente de permanente hostilidade entre clubes que a ninguém beneficia e muito menos a esta industria, onde afinal, interessa a todos nós contribuir para o seu prestígio.

O futebol português merece melhor.

Termino, a lembrar que hoje vão estar em campo as duas equipas com melhores resultados na ultima época.

Saúdo na pessoa do seu presidente o Vitória Sport Clube e todos os seus adeptos, que do berço da nação, se deslocam a Aveiro para esta competição de campeões.

O Sport Lisboa e Benfica regressa às competições oficiais depois de uma época ímpar, em que conquistou o histórico Tetra e o Triplete (o Campeonato, a Taça de Portugal e a Supertaça Cândido de Oliveira de 2016).

Nesta maravilhosa e acolhedora cidade de Aveiro, que esta noite seja mais um belo jogo entre dois clubes que fazem questão de manter uma sã convivência e rivalidade.”

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