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Nuno Farinha: Benfica escolheu um caminho

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Sou muito critico no que toca a gente da imprensa desportiva que dia após dia criticam o Sport Lisboa e Benfica. Quem se lembra de Gaspar Ramos ou até mesmo Nuno Farinha e os seus discursos típicos de quem adora diariamente criticar tudo o que se faz no clube da luz? Desta vez tenho de lhe dar mérito pelo texto que eloborou no dia de hoje. Conseguiu colocar o seu papel de lado e falou daquilo que muitos Benfiquistas em outros anos pediam. Aposta na formação e um Benfica mais Português.

A ‘Seixalização’ do Benfica está em definitivo na agenda dos encarnados. Nelson Semedo veio para ficar, Victor Andrade já experimentou a titularidade, e esta noite há a possibilidade de ser Gonçalo Guedes a entrar de início. Nuno Santos aparece pela primeira vez numa convocatória e nos corredores da Luz existe a convicção de que em breve chegará a hora de Renato Sanches e João Carvalho. Está instalada uma nova ordem no futebol das águias. A aposta na formação não era um capricho e muito menos uma promessa daquelas que se esquecem rapidamente. O assunto fazia mesmo parte de um plano estratégico – e aí estão, já lançadas, as bases daquilo que Luís Filipe Vieira idealizou. Se é este ou não o caminho certo, só o tempo o dirá. Mas não faz sentido condenar, logo à partida, o projeto que visa construir uma equipa mais jovem, mais portuguesa e com mais formação. O cenário pode ser demasiado romântico e, na prática, até acabar por não funcionar. Ou demorar alguns anos a dar frutos – sabendo-se, como disse Toni, que no Benfica “não há tempo para pedir tempo”. Por isso é que estes processos têm de ser aceites, acarinhados e suportados pelos mais experientes. É quase tão importante, nesta fase, o papel de Rui Vitória quanto os de Luisão, Júlio César, Jonas ou mesmo Gaitán. A questão essencial é saber se há ou não qualidade de base. E isso é o que iremos perceber nos próximos anos. Gonçalo Guedes e Nélson Semedo, entre outros, têm a oportunidade de ser o futuro do Benfica. Coisa de que Yannick Djaló, Bebé, Luisinho, Michel, Djavan ou Bruno Cortez não foram capazes. Essas, sim, foram apostas falhadas. E tempo perdido.

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