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RGS: "Eu quero ganhar… Os outros querem que eu perca."

Ano decisivo?

No início de cada época vamos tendo esperanças bem contraditórias: para os que acabaram de ganhar tudo começa com o receio de podermos não vir a ser tão competentes como o ano passado, neste caso para nós, BENFICA, como nos dois anos anteriores. Para quem perdeu o ano passado (ou para — como é o caso de um dos nossos competidores diretos — para quem tudo perdeu nas duas Últimas épocas) reacende-se a esperança, a fé de «este ano é que é». Frase, aliás, que outro dos nossos competidores diretos bem conhece (para esses, é sempre este ano, até a matemática os aconselhar a começar a fazer contas para o próximo ano, e para o próximo, e para o próximo, e assim sucessivamente). Para nós, será, como sempre, um ano decisivo, porque ao BENFICA se exige, sempre, que ganhe. E se se exige sempre, mais se exige quando se passou de tempos de reconstrução para tempos de resultados desportivos! Só assim se pode compreender a referência de Luís Filipe Vieira a «dores de crescimento». Ele será o primeiro, de entre nós, a saber conciliar o crescimento com mudança de paradigma, a conciliar formação com vitórias, a fazer coincidir (Rui) Vitória com (Tri) Campeão. Porque ser do Benfica voltou outra vez a ser incompatível com o conjugar do verbo perder.

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Meio e não fim

TER medo da mudança é incompatível com a essência do BENFICA. Mas assumir a mudança como objetivo final será tão grave como prescindir da aposta na formação para mais facilmente podermos voltar a repetir as vitórias. Lembro-me dos tempos em que as campanhas eleitorais no BENFICA se faziam em volta de quem seria mais fiel ao modelo do Ajax, na formação. Esse tempo passou, como aliás passou a hegemonia do futebol do Ajax na Europa, prova de que o recurso à formação, em exclusivo e como objetivo (em vez de ser um meio para atingir um fim), não nos levará onde queremos. Sempre defendi a formação, não como um fim em si, mas antes como meio para, reduzindo os custos, podermos continuar a ganhar tudo! Tenho a certeza de que, finalmente, todas as jovens promessas made in Seixal serão devidamente valorizadas e aproveitadas pela atual equipa técnica, embora saiba que o recurso à formação não resolve todos os problemas na construção de uma equipa. Depois, definido o objetivo (ganhar, sempre), encontrado um dos instrumentos para que isso aconteça (a formação), teremos de continuar a ter, ainda, a disponibilidade para, lá fora, encontrar — cada vez menos — os que podem encaixar neste modelo de custos adaptados à realidade portuguesa, sem continuar a deixar de ter toda a ambição do Mundo.
E fazendo, como tem vindo a acontecer, que a passagem de cada jogador pelo BENFICA — seja ele da formação ou não — possa representar uma referência de estabilidade, depois da adaptação, e de continuidade por cada vez mais e mais anos.

A vantagem dos outros

SABEMOS que este ano (mais ainda do que nos anteriores) todos nos quererão derrotar. Temos de estar atentos! Aos outros dois basta que nós não ganhemos. Isso daria o título de campeão a um deles e alegria (como se fosse campeão) ao outro.
Indistintamente, reconheçamos, porque eles têm mais Inveja de nós do que gostam deles. Eu quero ganhar, sendo-me indiferente quem possa ganhar que não eu. Os outros querem que eu perca. Têm, por isso, uma vantagem: são, sempre o foram, dois contra um.
É verdade, mas, neste ano, as coisas — como se vê por uma entrevista de alguém de outro clube que perde metade da mesma a falar do BENFICA — vão exigir mais de nós!
Teremos de estar unidos, como estiveram os adeptos com a equipa nos últimos jogos, porque só unidos e sem criarmos divisões entre nós seremos capazes de ganhar.
Deixemos de lado ambições ou ódios pessoais, Interesses ou leituras divergentes (embora muito respeitáveis e, algumas delas, a darem muito que pensar), candidaturas para o momento em que devam aparecer, discussões sobre o futuro quando o futuro estiver em discussão. O presente, esse é que tem de ser construído de vitórias. Porque, neste 2 contra 1, ganharemos se não deixarmos que as divisões comecem a dar frutos.

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Exemplos em campo

SENDO assim, este ano será tão decisivo como todos os outros. Temos, por isso, de ganhar! Como uma mudança estrutural? É a vida! Com uma aposta redobrada na formação? O futuro a isso obriga! Com menos aquisições e menos vendas? Sempre o defendi! Mas isso também obrigará a duplicar, triplicar «a raça, o querer e a ambição» à BENFICA. Luisão (desde 2003/04), Gaitán e Salvio (desde 2010/11), André Almeida (desde 2011/12) ou, ate mesmo, Jardel (desde 2012/13) tem de ser exemplos a seguir, com muitos anos de permanência no Clube, para que possam ir transmitindo não só o que significa ganhar, mas o que temos de fazer para ganhar dentro de campo!
A par disso, uma enorme abertura – de todos os que temos responsabilidades no BENFICA – para combater a conflitualidade com que nos vão atacar, sem virar a cara, e sem temer a desestabilização a que será conduzida a arbitragem, ao arrepio do que era exigido aos seus dirigentes, porque parecem servir uma estratégia que não e a sua, nem nada tem a ver com os interesse da arbitragem. Para tudo deveremos estar preparados. Não o fazer será meio caminho andado para perder. E eu quero, nós queremos ganhar! 123 … TRICAMPEÕES outra vez!

SE EU FOSSE…

dirigente da APAF

NÃO saberia responder a quem me questionasse sobre as razões desta guerra surda contra tudo e contra todos. Não saberia responder a quem me perguntasse se as minhas posições serviam outros interesses que não os dos árbitros. Não saberia responder se confrontado com as razoes de contestação dos critérios de avaliação e ponderação de exames técnicos e físicos se esses mesmos critérios fossem aplicados a todos os árbitros. Não saberia responder se me indicassem que, com base nessa contestação, há candidaturas ao próximo Conselho de Arbitragem. só porque isso convirá a um certo clube. Não saberia responder, porque responder a cada uma dessas perguntas. se calhar, seria já pedir demasiado de mim.

dirigente da arbitragem da UEFA

RIA-ME das propostas de sorteio dos árbitros em detrimento da nomeação que existe em todo o Mundo. que alguns querem em Portugal! Ria-me das greves aos exames. por razões de ponderação, que os árbitros fizeram em Portugal! Ria-me da guerra pelo video-árbitro, agora inventada para ocupar espaço mediático, para disfarçar derrotas ou justificar assessorias de imprensa mais ou menos veladas, que alguns querem em Portugal! Ria-me do ridículo desta última ideia porque, sabe bem quem o defende, tal só é possível quando a Jogada termina nesse momento e Isso implique o reinicio do Jogo (como no ténis. no futebol americano ou, em determinadas circunstancias, no râguebi), que alguns querem em Portugal! Ria-me … até os avisar que, se não se deixam de brincadeiras, a UEFA deixara de levar a arbitragem portuguesa a serio.

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