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SL Benfica soma 3 pontos fazendo FC Porto cair na realidade

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As dificuldades para as águias começaram a fazer-se sentir ainda antes do apito inicial, com o registo de confrontos entre adeptos das duas equipas – que terão tido origem quando elementos de uma das claques do Braga encontraram alguns adeptos do Benfica num parque de estacionamento junto ao estádio. Houve agressões, arremesso de pedras e outros objetos… e faltou ação policial, que só chegou bastante tempo depois.

Uma demonstração clara de que Braga já não é o bastião benfiquista do norte, como era tradição até há relativamente pouco tempo. Ainda há benfiquistas na cidade, claro, mas agora já são uma minoria – e seguramente já não festejam os golos das águias na bancada de sócios do Braga…

Primeira parte e três lances apenas que merecem realce. Aos 12 minutos, um remate de Pedro Santos às malhas… laterais. Ainda houve festejos, mas era ilusão de ótica. Depois, aos 30’, um falhanço imenso de Mitroglou: servido por Rafa e na cara de Marafona, o grego (que já havia visto um golo ser-lhe bem anulado por fora de jogo) deu apenas um toque na bola… e mal, atirando por cima. A fazer lembrar outro falhanço em Setúbal – esse bem mais determinante nas contas finais… E aos 37’, perigo claro: após canto de Pedro Santos, Battaglia cabeceou ao poste direito da baliza de Júlio César – ontem na baliza encarnada, pois o super-Ederson estava castigado após a expulsão com o Arouca.

O segundo tempo foi mais… do mesmo. Bom futebol de parte a parte, intensidade, ritmo, pressão… mas pouco a registar em termos de ocasiões. Grande exibição da defesa bracarense, em particular Rosic, com um sem-número de cortes fulcrais. Nota também para Rui Fonte: que grande jogo! A atacar, mas sobretudo a auxiliar em termos defensivos, servindo depois de ligação nas transições, mostrou que está um senhor jogador, cada vez mais completo.

E assim se foi passando o tempo, com avanços e recuos, ameaças de perigo sem a devida concretização. Até que apareceu – claro está – Mitroglou. Perdão: Mitrogolo, que o grego até já deve ter ido fazer um novo Cartão do Cidadão. Nos dez jogos que fez em 2017, soma 11 golos – exatamente o número que já leva neste campeonato, sendo agora o terceiro melhor marcador da prova, em igualdade com o portista Soares. No total da época, já lá vão 20: duas dezenas que fazem dele o artilheiro da equipa. O trabalho no golo é brilhante: descaído para a esquerda da área do Braga, arranja forma – sabe Deus como – de passar pelo meio dos dois defesas que o cercavam e, frio como um icebergue, finaliza de forma subtil na cara de Marafona.

Noventa minutos, saída do herói para o descanso merecido, apito final e Benfica novamente na frente. Já o Braga de Jorge Simão prossegue a série negra: ainda não venceu na segunda volta – já lá vão cinco jogos.

Crónica do Sol

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