O Ministério Público está a investigar um negócio efetuado pelo FC Porto com a Portugal Telecom, em finais de 2015 e inícios de 2016, segundo avançou a TVI, ontem à noite. Mais especificamente, está a tentar verificar os indícios de que parte da avultada comissão de mediação do negócio terá ido parar à «esfera familiar de Pinto da Costa».
Em 2016, a SAD portista negociou os direitos televisivos até 2027 com a Portugal Telecom, utilizando como intermediário a BM Consulting – com sede em Braga e constituída em 2009 como Apreciação Crítica, Lda -, empresa detida pelo empresário e advogado Bruno Macedo, que, recentemente, foi constituído arguido na operação Cartão Vermelho, na qual também está envolvido o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira.
O negócio da Portugal Telecom com o FC Porto ascendeu a 500 milhões de euros – previa a cedência dos direitos televisivos da equipa principal a jogar na condição de visitada, exploração comercial do Estádio do Dragão, transmissão do Porto Canal e patrocínio nas camisolas -, sendo que a empresa de Bruno Macedo garantiu o pagamento de uma comissão de intermediação de 20 milhões de euros, segundo apurou a TVI.
O destino deste valor é que levantou suspeitas aos investigadores, pois o advogado bracarense é também sócio noutra empresa de Pedro Pinho, que chegou a ser parceiro de negócios de Alexandre Pinto de Costa. O mesmo canal de televisão apontou, com base numa fonte judicial, que Pedro Pinho poderia ter servido de testa de ferro do filho de Pinto da Costa, Alexandre.