LFV: "Perguntem ao nosso antigo treinador se alguma vez esteve em risco!"
Numa grande entrevista ao jornal Record, Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, abordou vários temas relacionados com o clube da Luz. Desde logo, a forma como a equipa encarou o atraso de oito pontos em determinado momento da última época.
«Para quem está no clube há tantos anos, como eu… Sou do tempo de ter 8 pontos de avanço e perder o campeonato; sou do tempo de, a três jornadas do fim, ter quatro pontos de avanço e perder o campeonato no último segundo; sou do tempo de ter uma final com o V. Setúbal e, aí sim, parece que não respeitámos o adversário… fizemos muitas festas antes do jogo; e também frente ao V. Guimarães [Taça de Portugal], devíamos ter apresentado determinado tipo de postura. Isto para dizer que não significou nada ter 8 pontos de atraso. Isto não é como começa, é como acaba. A grande vantagem do Benfica, hoje, talvez seja a estrutura que tem e essa conhece demasiadamente bem o futebol português e todos os treinadores, os seus momentos fortes e fracos, e como pensam quando se aproximam determinados jogos. Esse é um fator a nosso favor. E temos outra vantagem: falamos pouco!», disse.
No seguimento desse tópico, Luís Filipe Vieira garantiu que a continuidade de Rui Vitória nunca esteve em causa.
«Perguntem ao nosso antigo treinador se alguma vez esteve em risco! De certeza que nunca esteve e o Rui Vitória, certamente, não esteve nem estará. Tem três anos e vai cumpri-los, independentemente dos resultados. O que interessa é se servimos os interesses do Benfica com o trabalho que desenvolvemos diariamente. E é notório que o trabalho desta equipa técnica serve os interesses do clube. Para os que especularam – e houve quem o tenha feito muito; muita gente especulou e mentiu – fica a certeza que nunca, nunca (!), o Rui Vitória esteve em causa no Benfica. Muita gente disse que se não ganhasse em Braga saía… isso foi uma fantasia. Acho que uma das coisas que o Rui Vitória apreciou é que, daquela porta para dentro, não escutamos ninguém. O que se dizia nunca foi comentado dentro desta casa. Acreditámos sempre que era possível chegar ao fim e ganhar.»
