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Luís Bernardo: "O futebol fechou-se demais nos últimos anos. É o momento de alterar isso"

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RECORD – Há alguma novidade substancial na comunicação do Benfica para os próximos tempos?

LUÍS BERNARDO – Estamos a trabalhar nisso. Queremos mudar o paradigma e abrir mais o futebol, permitindo que os jogadores e os treinadores deem mais entrevistas. O futebol fechou-se demais nos últimos anos. É o momento de alterar isso. Nas viagens internacionais, por exemplo, pretendemos recuperar alguns velhos hábitos que permitiam aos jornalistas estar mais próximos das equipas técnicas e dos jogadores. O público quer ouvir os craques, as verdadeiras estrelas do negócio. Não há outra forma de cativar parceiros para este negócio. Está na hora de se falar de futebol.

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R – O novo paradigma é para aplicar de imediato?

LB – Será, com certeza, para muito breve. Já temos em vigor na BTV, desde a época passada, um modelo em que Rui Vitória aparece no final de cada jogo a falar de futebol, puro e duro, de uma forma perfeitamente descomplexada. Fala de sistemas táticos, analisa situações de pormenor do jogo, sem qualquer problema. Não é exatamente a mesma coisa, mas já no início da época passada tivemos o presidente Luís Filipe Vieira a dar duas entrevistas televisivas – CMTV e TVI24 – em que pôde falar abertamente sobre todos os temas da atualidade. Não está aqui ninguém escondido. Queremos contribuir para uma melhoria dos programas televisivos de futebol. Às vezes, quando estou em casa, ligo a televisão e quero ver os resumos dos jogos e não consigo. Vejo gente a falar, a falar, a falar e futebol… nada. Ou seja, o lado bom do jogo não se vê. Para nós, é hora de dar o palco a quem merece.

R – Lembrou as entrevistas televisivas do presidente Luís Filipe Vieira em 2016. Este ano, porém, tem estado mais resguardado…

LB – Adotámos outro modelo. O presidente teve um encontro recentemente com jornalistas no Seixal e deverá ter outro em breve. Não quisemos repetir o que tínhamos feito no ano anterior.

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“Pedro Mil-Homens tem o perfil certo”

R – O novo responsável pelo Caixa Futebol Campus, no Seixal, é Pedro Mil-Homens. Qual a razão desta aposta?

LB – Está relacionada com a nova fase que o Seixal vai conhecer: um reforço da componente pedagógica (através do colégio), da componente formativa e da componente inovação. E ainda será preciso articular da melhor maneira a ligação ao futuro Centro de Alto Rendimento. Nesse mesmo processo de alargamento, reestruturação e reconfiguração do Seixal, e também no reforço da sua própria estrutura, entendeu-se que seria adequado escolher alguém como Pedro Mil-Homens, que consegue conciliar um conhecimento de gestão e formação desportiva com essa mesma componente pedagógica e académica que referi.

R – Que função passará a ter Nuno Gomes na estrutura do Benfica?

LB – Em breve haverá notícias sobre esse assunto

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