Presidente do Trofense revela palavras de Madureira: “Não vais sair daqui direito, não vais sair daqui vivo”
Franco Couto, presidente do Trofense, mostrou-se indignado com o que aconteceu no jogo de domingo frente ao Canelas e garantiu que o clube vai fazer uma exposição à FPF. Recorde-se que o jogo terminou 1-1, com uma expulsão para cada lado, e a equipa da Trofa queixa-se de uma alegada agressão ao treinador Quim Berto.
“Isto não foi um jogo de futebol, foi uma guerra. O nosso treinador levou um estalo, foi ameaçado de morte. Fernando Madureira chegou à beira do diretor delegado ao jogo e disse que o matava. O jogador que foi expulso [Vítor Borges] deu um estalo ao nosso treinador. Isto não é futebol, o árbitro ficou todo intimidado. O Madureira encostou a cabeça ao árbitro… Era logo expulso! O guarda-redes veio tentar agredir um adepto e ainda lhe deu um pontapé”, resumiu o dirigente em declarações à imprensa.
O presidente do Trofense disse mesmo que na próxima temporada o clube vai recusar-se a jogar com o Canelas e teceu duras críticas à Federação: “Claro que estamos e posso dizer que se estiver cá para o ano, não jogo com eles. Prefiro ficar sem os seis pontos. Isto já passa os limites. E a FPF tem culpa, sabe muito bem o que está a acontecer e não faz nada. Por que não nomeou um observador? Porque a panelinha está feita. Isto é futebol? Os árbitros, se achavam que não tinham condições, iam embora. [No lance das expulsões] O meu jogador nem lhe tocou mas vale tudo”.
Sobre a alegada agressão a Quim Berto, Franco Couto explicou que o técnico vai apresentar queixa às autoridades e está ao lado do presidente na decisão de não voltar a defrontar o clube de Vila Nova de Gaia: “O nosso treinador vai apresentar uma queixa em nome próprio. Disse que recusava, enquanto treinador, fazer mais jogos contra o Canelas. Nem a própria polícia fez nada”.
Ameaças de morte
O presidente do Trofense assegurou também que jogadores e staff do clube foram ameaçados de morte por atletas adversários, nomeadamente por Fernando Madureira.
“Os nossos jogadores estavam todos cheios de medo. Diziam-lhes “Não vais sair daqui direito, não vais sair daqui vivo”. Isto origina que um dia haja uma tragédia, como houve no outro dia um que alguém entrou com uma arma dentro do campo. Isto não é desporto. Alguém tem que fazer alguma coisa. O que a FPF havia devia fazer? Anulava este jogo para eles aprenderem. E eliminava-os. Onde vão é só disto”.