Francisco J. Marques chegou ao Universo Porto da Bancada, do Porto Canal, disparando em todas as direções com acusações graves visando o árbitro Luís Godinho, de Évora, que esperemos que o Conselho de Disciplina não se fique pela repreensão.
“A conclusão é clara e evidente. O árbitro Luís Godinho tem dois critérios. Um nos jogos e jogadas do Benfica e um outro critério para as outras equipas. É especialmente grave porque colocar um carimbo muito grave. Trata-se de um árbitro muito jovem, salvo erro 31 anos, que até tem qualidade para se conseguir libertar destas amarras ao Benfica. Este ano pode ficar ligado à decisão do campeonato. Foi arbitrar o Sp. Braga-Sporting e deixou por assinalar um penálti sobre Bas Dost muito mais claro do que o outro que assinalou no Bonfim. Depois expulsou o Piccini, por segundo amarelo, em lance muito menos grave que as entradas do Rúben Dias. Luís Godinho tirou oSporting da luta do título, levando a que se atrasasse. O Benfica estava empatado no Bonfim, perdoou amarelos a Fejsa, Jardel e Rúben Dias, neste caso com um segundo amarelo que retirava do jogo e do clássico. Depois marcou um penálti mais do que duvidoso a favor do Benfica. Mais do que outros lances em jogos do FC Porto com Moreirense ou Tondela. Onde não apitou. Há claramente um critério”, identificou o diretor de comunicação dos dragões.
Para Marques, “o clássico de domingo vai começar já manchado. Jardel, Rúben Dias e Fejsa não deviam jogá-lo. Deviam estar a cumprir castigo. Se Godinho usasse o mesmo critério, com Fejsa a saltar com o cotovelo e a ver cartão amarelo, se calhar os outros já não faziam aquele tipo de faltas e não paravam ataques do V. Setúbal. Isto tem de facto influência. É grave para um árbitro tão jovem, que teve a felicidade de ser escolhido para ser um dos ‘internacionais-proveta’, que começou a apitar na 1.ª Liga em 2015/16 e em novembro passou a internacional sem ter apitado um jogo das principais equipas, onde há pressão forte, com jogos mais escrutinados, tendo os adeptos em cima. E que dão tarimba para se ser internaconal. Foi promovido com 14 jogos da Liga, substituíndo Sérgio Piscarreta, outro ‘proveta’ que foi designado internacional com dois jogos e depois foi despromovido. Godinho até acho que tem qualidade, mas talvez por gratidão sem limites a quem o colocou como internaconal, o senhor Ferreira Nunes, está subjugado ao mesmo interesse. Godinho tem de se libertar disso. Pode vir a fazer uma carreira importante e ser um internacional de mérito. A própria UEFA olha para estes árbitros, e a FIFA recomenda dois anos a apitar no próprio país, mas antes de mais têm conquistar a confiança de todos os competidores. Como isso é possível depois do que aconteceu em Setúbal? Godinho ofereceu, pelo menos, dois pontos ao Benfica. Para os jogadores do Benfica seguiu um critério de basquetebol, onde não é permitido contacto. Para os outros aplicou um critério de futebol americano”, acusou.
Em desabafo, Francisco J. Marques frisou que “infelizmente, o campeonato português continua a ser demasiado decidido pelos árbitros. As decisões de Luís Godinho refletem-se na jornada seguinte. Há três jogadores que não jogavam. Assim beneficia um competidor. É algo que está a acontecer há demasiado tempo. Erros que afetam a verdade desportiva têm de ser punidos com especial severidade”, reclamou, alertando para o peso que as novas regras de distribuição de verbas na Liga dos Campeões podem ter no equilíbrio da 1.ª Liga em relação a quem, de entre os grandes, ficar de fora dessa prova europeia. “Trata-se de uma receita que ultrapassa e muito os 40 milhões de euros. Pode passar os 50 e até chegar aos 60 milhões de euros”, admitiu o diretor de comunicação, exigindo responsabilidade e deixando um último aviso sobre Luís Godinho: “Se não quiser corrigir o seu comportamento terá de ser retirado do grupo de árbitros.”