Benfica apresenta recurso sobre o jogo à porta fechada e diz houve “violação do direito de defesa”
O Benfica aponta o Estado, Federação Portuguesa de Futebol e Liga de Clubes como principais responsáveis do arremesso de objetos no jogo entre as águias e o Estoril, no Estádio António Coimbra da Mota, na época em 2017/18, que levaram a que o Conselho de Disciplina (CD) castigasse as águias com um jogo à porta fechada e ainda uma coima de 11.475 euros. No recurso da SAD encarnada, a que o jornal Record revela, o clube da Luz reivindica que “todos [os três organismos] têm falhado no combate à violência associada ao desporto […] e não têm logrado evitar a violação de disposições legais e elementares”.
Para elaborar a defesa à condenação para o Pleno do CD da FPF, que tem caráter suspensivo da pena, a águia esmiúça o acórdão condenatório para concluir que a “acusação deverá ser considerada nula com todas as consequências legais e regulamentares, bem como o acórdão que nela se baseou” – segundo as águias, houve “violação do direito de defesa” previsto nos regulamentos da Liga e também na Constituição, para além de que a acusação se baseia “em considerações e conjeturas puramente vagas, genéricas” e sem “factos concretos”. O Benfica explicita ainda que, sempre que foi condenado em processo sumário, algo que aconteceu relativamente a desacatos face aos embates ante Tondela (17/12/2017) e Portimonense (10/2/2018), além do já citado diante do Estoril, foi “na condição de visitante”.
As águias sublinham ainda que os factos acima mencionados, a que se junta a cooperação pré-jogo através do Oficial de Ligação aos Adeptos e da sugestão da colocação dos adeptos afetos ao Benfica na bancada central ao invés de uma das laterais, foram “pura e simplesmente omitidos na fixação dos factos provados, dando azo à conclusão errada de que o Benfica não adota todas as medidas necessárias para prevenir um mau comportamento dos seus adeptos”.
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