O vice-presidente do Sport Lisboa e Benfica Sílvio Cervan escreveu, na edição desta sexta-feira do jornal “A Bola”, a sua habitual coluna de opinião. Corrosivo, o dirigente encarnado teceu rasgadas críticas a Carlos Xistra e a Fábio Veríssimo, árbitro e VAR do clássico da Taça da Liga com o FC Porto, comparando-os a árbitros que passaram no futebol português nos anos 80 e 90.
“Carlos Xistra e Fábio Veríssimo estiveram intransponíveis. Nem o melhor City de Guardiola ou o melhor Liverpool de Klopp os venciam. Uma dupla muito forte que, conjuntamente com quem nomeia e o delegado da Liga, constitui uma quadrilha histórica”, começou por considerar.
“A atuação do ex-árbitro e do ex-futuro árbitro, na passada terça-feira, não tinham importância alguma, não fossem uma peça do puzzle concertado e permanente de viciação dos resultados nas provas nacionais”, recordou Sílvio Cervan na sua coluna de opinião.
O vice-presidente do Benfica analisou, depois, três dos quatro golos do jogo, apontando situações em que o Clube da Luz se sentiu espoliado.
“O primeiro golo é precedido de falta sobre Gabriel, o segundo é precedido de falta de Marega sobre Grimaldo, o golo do empate é válido e não há fora de jogo, pois a única dúvida do VARíssimo foi a correção do golo limpo do Rafa. O árbitro viu mão, mas todos os adeptos viram mãozinhas na arbitragem”, analisou.
“A atuação desta dupla maravilhosa deixa Donato Ramos, Calheiros, Paulo Costa, José Guímaro, Martins dos Santos e tantos outros protagonistas desse período glorioso da arbitragem nacional roídos de inveja”, acrescentou.
Da arbitragem para o Benfica, uma palavra elogiosa a Bruno Lage, treinador da equipa principal do Benfica.
“Sentimos um Benfica em crescimento, com margem para melhorar. Excelente, porque não era fácil, esteve Bruno Lage na análise ao jogo e às suas incidências quer na flash [interview] quer na conferência de Imprensa. Categoria de quem tem categoria, mesmo na derrota”, reconheceu.
“O jogo foi a cereja no topo do bolo na carreira de Carlos Xistra, que o deve arredar de qualquer função arbitral num mundo onde habite alguém para lá do Ray Charles”, concluiu Sílvio Cervan.