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Mais recente relatório da APCT demonstra jornais em queda

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Correio da Manhã, Jornal de Notícias e Público, os três diários generalistas auditados pela APCT, venderam em média menos 10.174 exemplares por edição em 2018, uma quebra de 6,8%. Os números do mais recente relatório da APCT divulgados esta quarta-feira, relativos ao período entre Janeiro e Dezembro do último ano, traçam um cenário pouco animador para a imprensa em Portugal já que nenhum dos jornais de informação geral ou económica conseguiu escapar aos resultados negativos.

O Correio da Manhã permanece na liderança com uma média de 80.324 exemplares vendidos por edição no último ano, números que representam, ainda assim, uma queda de 7,8% face ao período homólogo em 2017, quando o título detida pela Cofina Media apresentava uma média de circulação impressa paga de 87.125 exemplares. O Jornal de Notícias regista uma média de 42.595 exemplares vendidos por edição (-6,7%) enquanto o Público apresentou uma circulação impressa paga de 17.684 exemplares (-1,7%).

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Cenário de contracção agravado pelas quebras registadas pelos títulos de informação geral com periodicidade semanal. O Expresso, líder do segmento, registou uma circulação impressa paga de 60.966 exemplares, uma diminuição de 9,2% comparativamente à média de 67.109 exemplares alcançada em 2017. Já o Diário de Notícias, que passou a chegar às bancas apenas uma vez por semana a partir de Julho, apresenta uma circulação impressa paga de 8.351 exemplares, uma contracção de 15,6% face aos 9.893 exemplares que registava no ano anterior. Analisando apenas a circulação impressa paga deste o momento em que o título do Global Media Group passou a contar com apenas uma edição semanal, o DN vendeu em Julho uma média de 10.607 exemplares por edição, com quebras sucessivas nos meses seguintes: 8.993 (Agosto), 7.321 (Setembro), 6.567 (Outubro), 6.393 (Novembro), antes de subir ligeiramente para encerrar o ano com 6.801 exemplares vendidos por edição no mês de Dezembro.

A tendência descendente da circulação em papel estende-se às newsmagazines e aos títulos de informação económica. Nas primeiras, a Visão segura a liderança com uma média de 40.260 exemplares vendidos por edição em 2018 mas com poucos motivos para sorrir já que esses números constituem uma queda do título da Trust in News na ordem dos 27,9% face aos 55.841 exemplares vendidos por cada edição em 2017, ano em que a publicação era ainda editada pelo grupo Impresa. Já a newsmagazine da Cofina registou uma circulação impressa paga de 38.061 exemplares, uma descida de 5,6% relativamente aos 40.296 exemplares vendidos por edição no ano anterior.

Entre os títulos do segmento económico, a Exame, que passou também das mãos da Impresa para a Trust in News no arranque de 2018, regista uma quebra de 21,8%, dos 11.336 exemplares para os 8.867. Do lado dos jornais, as quebras são menos acentuadas mas também nos dois dígitos. O Jornal de Negócios regista uma circulação impressa paga de 4.472 exemplares (-10,8%) e O Jornal Económico de 1.261 exemplares (-14,2%).

Analisando isoladamente o desempenho em banca, quase todos os títulos registam igualmente uma perda de expressão com quebras no Correio da Manhã (-9%), Jornal de Notícias (-9%), Expresso (-9%), Diário de Notícias (-18%), Visão (-16%), Sábado (-8%), Exame (-30%), Jornal de Negócios (-14%), O Jornal Económico (-15%). A única excepção é o Público, cujas vendas em banca entre Janeiro e Dezembro cresceram ligeiramente (+1%) comparativamente ao período homólogo em 2017.

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Digital continua insuficiente para amenizar cenário negativo

A circulação digital paga tarda em descolar e continua a revelar-se insuficiente para compensar as quebras na circulação impressa. O Expresso reforça o estatuto de líder no digital, sendo um dos dois títulos de informação geral a registar crescimento. Com uma circulação digital paga de 25.089 em 2018, o semanário da Impresa apresenta uma subida de 10% face aos valores alcançados em 2017. O outro título com resultados positivos é o Correio da Manhã, embora com uma base menos expressiva: 1.422 (+26,85). Já o Público, que ocupa a segunda posição no digital, regista uma circulação digital paga de 12.414, uma quebra de 16,1% relativamente ao ano anterior, tal como Jornal de Notícias (5.235/-5,1%) e Diário de Notícias (3.175/-10%).

Entre as newsmagazines, a Sábado regista uma subida de 12,6% para os 2.049, números que lhe garantem a liderança do segmento no digital já que a Visão caiu dos 6.074 em 2017 para os 1.444 (-76,2%). No segmento económico, o líder passa a ser o Jornal de Negócios, apesar de uma diminuição de 2,4% para os 5.152, já que a Exame caiu dos 5.418 para os 950 (-82,5%). O Jornal Económico regista um crescimento de 127,9%, mais do que duplicando a sua circulação digital paga para os 2.493.

No entanto, olhando para a circulação total paga, nenhum dos jornais generalistas consegue alcançar um saldo positivo, mesmo aqueles que registam crescimentos no digital. O Expresso lidera na soma da circulação impressa paga e da circulação digital paga com 86.055 (-4,3%), seguido do Correio da Manhã, com 81.746 (-7,4%), do Jornal de Notícias, com 47.830 (-6,6%), do Público, com 30.098 (-8,2%) e do Diário de Notícias, com 11.526 (-14,1%).

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