Em entrevista exclusiva à TSF, Rui Costa fala de forma clara sobre os temas quentes e das “saudades de calçar chuteiras”. Passa ainda em revista a época benfiquista, lança farpas aos adversários e explica como está a ser preparado o Benfica europeu.
Os rivais contestam muito esta vitória do Benfica, principalmente o FC Porto, dizendo que o Benfica contou vários benefícios dos árbitros na reta final do campeonato. Qual é a sua visão sobre este assunto?
Qual é o campeonato em Portugal em que a equipa que perde não se queixa de tudo e mais alguma coisa? Da nossa parte continuaremos a olhar para dentro, e perceber o que estamos a fazer bem e o que estamos a fazer mal. Enquanto os nossos adversários continuarem a olhar para o Benfica, para nós é bom, pode ser que se esqueçam do que têm que melhorar.
Acha que é uma vantagem do Benfica?
Os números são claros. Na segunda volta foram 16 vitórias e um empate, jogámos em casa dos sete primeiros classificados e ganhámos sempre. Uma vitória como tivemos poucas em Alvalade, com uma exibição magnífica, uma vitória no Dragão. Chegámos ao Dragão em segundo e saímos de lá em primeiro lugar. Os números são claros: 103 golos marcados. Infelizmente em Portugal valoriza-se pouco o que é feito dentro de campo e mais os programas de televisão que falam de polémicas. Mas considero-me um homem do futebol porque andei lá dentro muitos anos e vivo o futebol com a mesma paixão que vivia lá dentro. Continuo a valorizar o que é feito por treinadores e jogadores, mesmo os meus adversários. E este campeonato explica-se com uma primeira volta excelente do FC Porto, e uma segunda volta excelente do Benfica. Na reta final o Benfica superiorizou-se.