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Jornais continuam em queda. Nem as contratações para o FC Porto os salvam

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As quebras na circulação impressa paga não pouparam nenhum dos títulos generalistas nestes primeiros quatro meses de 2019, sendo o Diário de Notícias o mais castigado. Mesmo com o crescimento no digital, o balanço final é negativo, com a excepção do Público. Olhando para os três diários generalistas auditados pela APCT, que registavam uma quebra de 7,1% nos primeiros dois meses do ano, a tendência descendente não dá sinais de abrandamento já que voltam a cair 7,8% na média entre Janeiro e Abril de 2019 comparativamente ao período homólogo em 2018.[expander_maker id=”1″ more=”CONTINUAR A LER” less=”Read less”]No seu conjunto, Correio da Manhã, Jornal de Notícias e Público venderam em média menos 10.946 exemplares por edição nos primeiros quatro meses do ano em comparação com o mesmo período no ano anterior.

Os dados divulgados no mais recente relatório da APCT, relativos ao período de Janeiro a Abril de 2019 continuam a revelar uma tendência de erosão da circulação impressa paga dos títulos generalistas já que nenhuma das publicações regista evolução positiva. Apenas o Público apresenta alguns indicadores positivos ao ver subir as suas vendas em banca (+9%), sendo o título da Sonaecom o único entre os generalistas a alcançar um saldo positivo uma vez contabilizada a circulação impressa paga e a circulação digital paga (+3,8%).

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O líder do segmento continua a ser o Correio da Manhã, embora com uma média de 73.337 exemplares vendidos por edição nos primeiros quatro meses deste ano que representa uma queda de 9,6% relativamente ao período homólogo em 2018, altura em que o diário da Cofina Media registava uma média de circulação impressa paga ainda acima do patamar dos 80 mil exemplares (81.161). Em segundo lugar, o Jornal de Notícias encerra os meses de Janeiro e Abril com uma média de 40.003 exemplares vendidos por edição (-6,7%), enquanto o Público apresenta uma circulação impressa paga de 17.025 exemplares (-1,4%).

O mesmo acontece entre os títulos com periodicidade semanal, com o Expresso, líder do segmento, a registar uma diminuição de 6,7% na sua circulação impressa paga ao passar dos 61.763 exemplares vendidos, em média, por cada edição publicada nos primeiros quatro meses de 2018, para os 57.636 exemplares vendidos por edição neste arranque de 2019. O Diário de Notícias é o título mais fustigado pela erosão da circulação impressa paga. Embora com a ressalva de que o título do Global Media Group passou a chegar às bancas uma vez por semana apenas a partir de Julho do último ano, o jornal apresenta uma circulação impressa paga, que diz respeito a uma média de exemplares vendidos por edição, de 5.821 exemplares entre Janeiro e Abril, o que compara com 8.522 exemplares vendidos por edição no mesmo período em 2018 (-31,7%).

Quase todos os títulos registam igualmente uma perda de expressão em banca, com quebras no Correio da Manhã (-9,7%), Jornal de Notícias (-9,9%), Expresso (-7%), Diário de Notícias (-35,6%). A excepção, tal como no encerramento de 2018 em que registou um crescimento de 1% face a 2017, é o Público, cujas vendas em banca no período de Janeiro a Abril representam uma subida de 9% comparativamente ao período homólogo em 2018.

Entre as newsmagazines, a Sábado mantém a liderança conquistada no arranque deste ano, apesar de registar uma descida de 4%, passando dos 38.442 exemplares registados nos primeiros quatro meses de 2018 para os 36.893 exemplares. Já a Visão, editada pela Trust in News, registou uma média de circulação impressa paga de 36.693 exemplares, o que traduz uma quebra de 9% face aos 40.315 que apresentava entre Janeiro e Abril de 2018. Ambos os títulos caem também nas vendas em banca, a Sábado para os 20.434 exemplares (-5,1%) e a Visão para os 15.845 exemplares (-7,5%).

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Crescimento digital fica curto

Apesar de a circulação digital paga manter uma tendência de crescimento em várias publicações, esse crescimento continua também a revelar-se insuficiente para compensar as quebras na circulação impressa. O Público mantém-se como o único jornal generalista a apresentar um saldo positivo com o crescimento de 11,5% na circulação digital paga, que passou de 11.761 nos meses de Janeiro e Abrir de 2018 para 13.112 nos primeiros quatro meses de 2019, a superar a quebra de 1,4% na circulação impressa paga. O saldo final é uma circulação total paga de 30.137 que representa um crescimento de 3,8% relativamente aos 29.026 que o diário da Sonaecom registava nos primeiros quatro meses do último ano.

A liderança no digital continua, contudo, a pertencer ao Expresso, que alcançou nestes primeiros quatro meses do ano uma circulação digital paga de 25.844, um crescimento de 3,9% relativamente aos valores alcançados entre Janeiro e Abril de 2018. Ainda assim, o saldo é negativo já que a circulação total paga do semanário da Impresa é de 83.480, uma descida de 3,6% face aos 86.628 que apresentava há um ano. Também com resultados positivos no digital está o Correio da Manhã, embora com uma base menos expressiva: 1.550 (+20%), mas o título da Cofina encerra também os quatro primeiros meses de 2019 com saldo negativo (-9,2% na circulação total paga). Jornal de Notícias e Diário de Notícias registam quebras também no digital, ao descerem, respectivamente, para 4.841 (-24,6%) e 1.385 (-64,9%). Na circulação total paga, os dois títulos do Global Media Group descem 9% e 42,2%.

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