O Sporting fez uma participação ao Conselho de Disciplina da FPF alegando que o Alverca utilizou de forma incorreta o jogador Luan, que havia sido expulso na partida anterior, com o Loures, por cartão vermelho direto. Desta forma, a SAD leonina está a tentar evitar a eliminação na Taça de Portugal, pela secretaria.
A queixa dos leões baseia-se na alegação de que o futebolista do Alverca ainda estava suspenso preventivamente no dia do jogo, pois só foi notificado da suspensão (de dois jogos) no dia seguinte, sexta-feira, quando foi divulgado o mapa dos castigos. No entender do departamento jurídico do Sporting, enquanto não tivesse conhecimento do castigo que lhe seria aplicado, Luan não poderia jogar, por estar sujeito à suspensão preventiva automática, desconhecendo-se se seria sancionado por jogos ou, no limite, até, apesar de pouco provável, por um período de tempo. Os dirigentes leoninos baseiam-se no ponto 3 do artigo 37 do Regulamento de Disciplina da FPF que determina que a suspensão preventiva “impede qualquer agente desportivo de exercer, durante de esse período, qualquer cargo ou atividade desportiva”.
Um argumento que não convence os especialistas ouvidos pelo jornal Record. “A sanção de suspensão por jogos oficiais aplicada a jogadores é cumprida na competição em que foi aplicada e no decurso da época desportiva em que a decisão que a aplicou se tornar executória”, explicam os juristas recorrendo ao ponto 1 do artigo 40 do RD. Desta forma, o brasileiro teria sempre de cumprir castigo no Campeonato de Portugal.
Ribatejanos esperam
O presidente do Alverca, Fernando Orge, garante estar “tranquilo” e prefere não alimentar uma polémica que, no seu ponto de vista, nem existe.
“O regulamento é tão explícito que uma estrutura tão profissional como é a do Sporting não devia sentir qualquer problema em interpretá-lo”, refere , “espantado” quando a FPF lhe comunicou que o jogo se encontra “sob averiguação”.