Os 19829 espectadores que estiveram no dragão para um jogo do campeonato, devem ser aquela franja adepta que está a gostar do que vê no seu clube. Miséria na Liga Europa, intervencionados pela UEFA, orçamentos baseados em vitórias nas competições que já perderam, um presidente a falar em bois, um treinador que não sabe as regras de futebol e que, fala-se na imprensa, andou ao soco. Depois um director de comunicação, condenado por truncar e-mails, a atirar lama com as transmissões da BTV quando o VAR não tem acesso a qualquer transmissão, apenas a imagens.
“A forma como a BTV transmite os jogos do Benfica é uma forma fraudulenta. Quando há um lance de ataque do Benfica, ele é esclarecido ao teleespectador com diferentes ângulos, diferentes repetições. Quando se trata dos adversários há uma repetição de um ângulo que não permite esclarecer. É um padrão que procura dar uma perceção errada do jogo. Os árbitros sabem de antemão que os lances de suposta falta sobre jogadores do Benfica são escrutinados ao pormenor e quando é ao contrário é uma limpeza, passam ao de leve. E isto é realmente muito grave. Este é o caso mais evidente de terceiro mundismo do futebol nacional. A obrigação da Liga sobre isto é impor realizações independentes. O Benfica quer transmitir os seus jogos? Com certeza, mas a realização tem de ser independente. Vemos isso nas grandes ligas, não interessa depois se dá no canal A ou B”, disse o director de comunicação. E disse isto sem se rir.
“O VAR tem acesso a todas as câmaras, mas também tem acesso à transmissão televisiva e isso acaba por influenciar, pois quem decide são seres humanos. Quando têm uma transmissão que não é séria podem ser induzidos em erro por aquela transmissão.”
Vai para a segunda semana de ataque aos árbitros e a Liga não aplica nenhum castigo. Para não se falar em bois, atira-se com assuntos meramente falsos e de uma falta de rigor enorme. Mas se ainda têm 19829 espectadores no estádio, é porque está tudo bem. Continuem!