A imposição da posse do polémico cartão do adepto para se aceder às zonas de condições especiais de acesso e permanência (ZCEAP), em dia de jogo, é para aplicar ao longo da época, segundo ditou uma reunião entre o Governo e as forças de segurança (GNR e PSP) que também contou com representantes da Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto, Federação Portuguesa de Futebol e Liga Portugal.
Primeiro começaram por ameaçar, junto da comunicação social, ou o cartão do adepto ou não vão ao estádio e agora tentam sensibilizar e tratando os adeptos como ignorantes. A juntar a tudo isto, ainda temos os clubes a serem multados por se expressarem, num país livre contra a uma medida, que só serve para encher os bolsos do estado e da Federação Portuguesa de futebol.
Até ao momento foram emitidos quase 1500 cartões, sendo que 1000, são de adeptos do FC Porto. Também há no Sporting e no Benfica, assim como noutros clubes, embora os números sejam bastante reduzidos.
Se esta treta do cartão do adepto serve para prevenir a violência no desporto, devo dizer que os adeptos vão para outras zonas do estádio como tem acontecido. Cantam à mesma e só não exibem bandeiras. Como se essa exibição fosse um crime. Para ter um tambor, megafone, bandeiras e tarjas no estádio, têm de fazer o cartão do adepto. Violência haverá em qualquer zona do estádio assim como fora dele. A criação destas zonas desertas vai trazer tudo, menos a prevenção da violência.