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“Até hoje não tivemos problemas com o FairPlay financeiro, nem nenhum perdão bancário.”

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Rui Costa deixou uma ‘farpa’ ao Sporting e ao FC Porto no fecho da entrevista à BTV, na qual o presidente do Benfica fez toda a avaliação do mercado das águias, garantindo que toda a reestruturação feita no plantel de Roger Schmidt foi feita com ponderação.

 

«Fizemos 128 milhões brutos, mais 33 em suspenso. 10 por cento está retido em comissões nestas transferências de saídas, são inevitáveis. Disse na conferência de apresentação dos resultados que apontámos muito à parte desportiva. Sabíamos que tínhamos de ter atenção à parte financeira, ao cumprimento de tesouraria, que tinha de estar salvaguardado. Vivemos com os ativos que temos, ainda não tivemos nenhum perdão bancário. É assim que temos de trabalhar. Fizemos um exercício muito equilibrado, preenchendo no plantel o que havia para preencher.  Foi uma reestruturação grande mas foi tudo feito com principio, meio e fim», garantiu o presidente dos encarnados.

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«Acho que é legitimo que os nossos sócios e adeptos percebam o que procuramos fazer, quer a nível de entradas, quer de saídas, que obedeceram a uma estratégia clara e que vai de encontro ao plano que traçámos para o clube. Ainda não está concluído, mas demos um passo de gigante para a concretização do projeto. A principal missão foi dar qualidade ao plantel. Não houve limpeza, nenhum jogador do Benfica é lixo. O que fizemos foi reestruturar o plantel e o projeto desportivo. Queríamos reduzir os ativos a nível salarial sem nunca perder o foco desportivo. Este plantel é mais homogéneo, coeso e com mais qualidade do que o do ano passado. Reduzimos a massa salarial em cerca de 15 por cento, na ordem dos 21 milhões de euros.»

Draxler: «Como é sabido, queríamos mais um jogador para o trio da frente e quando surgiu a oportunidade, hesitámos muito pouco. É um ano de empréstimo, mas só faltava avaliar condição física de Draxler. Foi tudo avaliado. Precisa apenas de poucos dias para se meter em forma e ser o Draxler que todos conhecemos e que de certeza que será uma mais-valia para o clube. Foi um fecho de mercado em grande.»

Bah, Ristic, João Victor, Aursnes e Neres: «Depois de termos visto as saídas e olharmos para as contratações percebemos que as entradas deram-se sobretudo em posições que perderam jogadores. Bah destacou-se na Rep. Checa. Fez uma ótima Liga Conferência, onde chamou a atenção de muitos. Ristic veio para reforçar uma posição que precisava de ser reforçada. Neres veio colmatar saída de Everton. Um dos primeiros pedidos de Schmidt foi um central rápido. Colocámos à disposição quatro, ele escolheu o João Victor. Em relação ao Neres, não só ocupa a posição de Everton como acaba por ser um negócio muito limpo para o clube. O Shakhtar tinha uma dívida para com o Benfica. Como tal, a contratação dele não só elimina uma dívida e ganhámos um ativo de uma enorme qualidade. Há pouco mais a dizer sobre isto. Traz-nos muita qualidade.

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Aursnes foi um dos pedidos de Schmidt, que foi sempre muito equilibrado, não exigiu nada, convém dizer isto. Este foi um jogador que sempre nos pediu com características para aquela posição, Quando começámos esta temporada, seis aquisições já estavam feitas. Avaliámos o pedido de Schmidt, vimos a qualidade deste jogador e entendemos que seria mais uma boa aposta.»

«Meti as fichas todas na contratação do Enzo Fernández:» «Enzo Fernández é a aquisição mais cara, se cumprirmos os objetivos. Ninguém tem dúvidas por que insistimos tanto neste jogador, mesmo que fosse em janeiro. Quando o apontámos não foi só para dois meses, apontámos para um futuro no Benfica. Apostei as fichas todas nesta contratação. Hoje é uma mais valia e acredito que os adeptos estejam contentes por ele estar cá.»

Rescisão com Taarabt: «Estava no último ano de contrato e ainda o ano passado foi quase sempre titular. Por via da escolha do treinador dos médios para o plantel, o Taarabt não encaixou e criou-se esta solução para ele seguir a carreira. Enorme talento, perdeu-se durante parte da carreira mas, tenho de o dizer, nunca vi uma transformação tão grande. Estava praticamente perdido e conseguiu reagir e levantar-se.»

Pizzi: «Merece-nos o maior respeito, ganhou muitos títulos e teve um grande passado no Benfica, apesar de ter sido acusado, de forma injusta, de muitas outras coisas. Foi sempre um elemento respeitado por todos, por quem o balneário tinha enorme carinho. Já não cabia no nosso plantel e foi à procura dos últimos anos da carreira. Respeitámos essa decisão.»

Vertonghen: «Uma das melhores pessoas que conheci no futebol. Um senhor, um enorme profissional e de enorme seriedade. Com a idade dele, com o currículo que tem e com a ambição de ir ao último Mundial pela Bélgica, não seria positivo tê-lo fora da equipa e arriscar-se a nem ser convocado no Benfica. Não lhe podíamos prender as pernas

Weigl: «Era um titular indiscutível nas últimas duas épocas mas não chegou uma proposta oportuna para ele sair. O próprio admitiu que estava a perder espaço no modelo do treinador e mantê-lo não seria bom. É um excelente jogador, mas até que ponto seria benéfico ter um Weigl fora da equipa com o peso desportivo e financeiro que ele tem? Foi para um clube que o desejou bastante, foi algo que sentimos do Monchengladbach.»

Meité: «Não falhámos no critério, falhámos na adaptação do jogador. Precisávamos de um médio robusto na época passada mas não se adaptou ao nosso futebol. Não teve espaço no plantel e procurou-se uma solução, que apareceu em Itália, para ele poder voltar a sentir-se ele próprio. O futuro dirá se volta ou não.»

Everton no Flamengo: «É um jogador de qualidade inquestionável, quando o contratámos era titular do Brasil. Tal como o Yaremchuk, a adaptação ao Benfica não correu da forma esperada. É um excelente jogador, tenho a certeza de que o vai mostrar no Brasil mas considerámos que a saída dele para a entrada de outro extremo, o Neres, seria uma mais-valia para todos.»

Darwin no Liverpool: «Estamos a falar de uma das transferências mais altas do mercado. Estamos ainda a sair de uma situação pandémica, que travou o mercado do futebol. Fazer uma venda de €75+€25M não tem grande discussão. A venda do Darwin está mais do que justificada, nem havia condições para o manter, era completamente impossível, pelos valores que entraram no clube e pelo que o Darwin foi ganhar.»

Jota no Celtic: «Salta à vista o Jota, formado por nós, foi para a Escócia num empréstimo com opção de compra. Fez uma época brilhante e o Celtic acionou a opção. Mantivemos parte do passe de vários jogadores e continuaremos a seguir o futuro para tirar mais dividendos.»

Empréstimos de jovens da formação a equipas da Liga: «Dos seis empréstimos nacionais fizemos cinco. Optámos por colocá-los na primeira divisão para lhes dar um passo de crescimento para não estarem no plantel principal sem utilização e, ao mesmo tempo, são jogadores com mais do que um ano na equipa B e chega a uma altura em que é preciso dar outro passo.»

Porquê a escolha de Roger Schmidt? «Não percebi tanto alarido à volta de ser um estrangeiro, grande parte da história do Benfica passou por treinadores estrangeiros. Queremos um jogo atrativo, ofensivo e conhecíamos muito bem este treinador. A partir do momento em que tivemos a notícia de que ele poderia não renovar pelo PSV fizemos uma pequena abordagem e, para nosso espanto, felizmente, o interesse foi enorme da parte dele. Conheço a carreira do Roger Schmidt e tínhamos de perceber se encaixava no nosso projeto e na primeira conversa que tive fiquei com a convicção de que ia ser a nossa escolha.»

Roger Schmidt está satisfeito com o plantel extenso? «O Roger Schmidt não está incomodado com o número de jogadores que temos à disposição. Com a panóplia e sequência de jogos que temos, mais os três jogadores de fora (João Victor, Morato e Lucas Veríssimo), estamos com um número que satisfaz o treinador

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