A idade dá-nos cada vez menos paciência com os indigentes de espírito que procuram arremessar poder a partir de um abuso de uma posição qualquer dominante.
Ao abrigo da liberdade de expressão que a Constituição da República Portuguesa protege, importa dizer que os tristes do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol contribuem de forma miserável para matar o que de bom há no futebol.
A genuinidade e o talento.
O senso e o sentido de equilíbrio.
São coniventes com a miséria, complacentes com os poderes instalados, mas fortes com os restantes.
Ouvi em direto um insulto racista em Vila do Conde num jogo com a equipa B e não se passou quase nada.
Oiço em vários jogos na televisão insultos e promoção do ódio a clubes que nem sequer intervêm nos encontros em causa, não se passa nada. Os cânticos e as faixas perduram.
A indigência albergada na Federação acaba de fustigar o Henrique Araújo e penalizar uma crítica fundada com uma multa superior a um insulto racista.
Com que sentido de compromisso com o futebol e com as seleções do país querem que jovens jogadores ou simples cidadãos adeptos estejam?
Perdoa-lhes Henrique, eles não sabem o que fazem. Ou sabem e é só para destruir.
Miserável é pouco.
Mantém o foco no talento que desta gente não rezará história.
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