Carlos Bossio, hoje com 49 anos, treinador do Racing de Nueva Itália, antigo guarda-redes do Benfica entre 1999 e 2004, é mais um argentino em maré delirante com o título mundial conquistado no Catar… um sucesso retumbante para uma nação que por ele suspirava desde 1986, que rezava, se benzia e mais sorte reclamava.
O jogo com o França deu essa recompensa e com um suplemento de emoção difícil de igualar. Messi fez-se imortal na dimensão de Maradona e um jovem de 21 anos pode aspirar em 2026 aquilo que Mbappé quase conseguiu em 2022: ser bicampeão mundial ainda na plena juventude. Enzo Fernández saiu coroado como melhor jovem jogador do Catar. Bossio entende a distinção. Emergem palavras fáceis que sustentam uma visão pormenorizada do papel de Enzo Fernández, havendo uma Argentina com o médio do Benfica e outra sem ele… numa das imagens mais claras do que aconteceu no Catar, ou que levou ao sucesso, para lá do papel central de Messi.
«O fenómeno à volta do Enzo é realmente algo mais do que justificado. Já se sabia na Argentina que quando ele surgiu ia ser algo completamente diferente, tendo um talento como poucos. Rapidamente viu-se um jogador completo. Esteve muito bem no futebol argentino mas, na verdade, completou-se no Benfica, ao estar rodeado de grandes jogadores. Estes meses praticamente terminaram o seu desenvolvimento. Aproveitou o facto de estar num clube consolidado que lhe deu imensa tranquilidade. Absorveu tudo e potenciou-se como jogador. Agora é a besta que é!», curva-se Bossio.
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