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A elevação está no respeito institucional, e não na subserviência forçada.

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Este assunto nem era para ser tema, já que o silêncio, por vezes, é a maior demonstração de respeito por quem nunca teve qualquer respeito pelos outros. No entanto, o ataque de Nuno Vinha, diretor-adjunto do Diário de Notícias, ao Benfica e ao Sporting, não pode passar impune.

O sujeito insinua que o Benfica e Sporting prestaram um mau serviço ao futebol, como se a grandeza das instituições dependesse da bajulação ao ex-presidente do FC Porto, que, durante a sua vida, teve como mote a guerra contra a capital e a tentativa de destruição dos dois clubes lisboetas.

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Para Nuno Vinha, a verdadeira grandeza mede-se pela submissão ao revisionismo histórico e não pela integridade e coerência.

Vem agora, depois da morte, exigir “elevação” das instituições que foram o principal alvo a abater pela máquina de propaganda montada por Pinto da Costa ao longo de quatro décadas. Um dirigente que normalizou a intimidação a adversários, jornalistas e árbitros, que criou um ambiente de ódio e guerrilha no futebol português através dos discursos inflamados e da sua guarda pretoriana, agora é tratado como um santo incompreendido.

O desplante da suprema hipocrisia.

Se o diretor-adjunto do Diário de Notícias esperava que Benfica e Sporting se curvassem sem reservas, então desconhece a história. Ou, pior, finge desconhecê-la para tentar manipular a narrativa. Exigir “respeito” sem reconhecer os danos que Pinto da Costa causou ao futebol português é tentar apagar a verdade.

A elevação está no respeito institucional, e não na subserviência forçada. O silêncio, por vezes, diz mais do que qualquer homenagem vazia.

E Nuno Vinha, como diretor-adjunto de um jornal, perdeu uma boa oportunidade para ficar calado.

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