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A matemática do VAR que enche de orgulho o Conselho de Arbitragem

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A introdução do VAR na Liga NOS foi recebida como um extraordinário contributo para o avanço da transparência no futebol português. Um projeto que chegava com a melhor das intenções e que dispunha de condições práticas para eliminar 90% dos erros graves a que estavam sujeitas as equipas de arbitragem.

Um ano e meio depois, que balanço se pode fazer ao impacto do VAR? Infelizmente – e desnecessariamente – há uma imensa onda de descontentamento, há um sério problema de credibilidade, há mais dúvidas do que certezas. Crescendo a ideia de que o VAR, assim, não serve. Existindo o risco de se tornar numa enorme desilusão.

No pico da contestação, o Conselho da Arbitragem lembrou-se de fazer a radiografia do primeiro terço do campeonato relativamente ao vídeo-árbitro. O dado mais significativo é que, afinal, mesmo com VAR, o CA admite 9 avaliações erradas.

Claro que, depois, tenta mitigar a questão, dizendo que existiram 639 situações checkadas, quando o mais honesto seria lembrar que foram 9 erros, sim, mas nas únicas 33 situações que foram analisadas.

Isto é: a percentagem de erros cresce de 1,4% (9 em 639) para 27,2% (9 em 33 revisões formais dos lances, aquilo que interessa contabilizar). Ou seja: mesmo com recurso ao VAR, há 27,2% de más decisões!

Ainda assim, o interesse do estudo seria outro se o CA nos tivesse feito o favor de fornecer a informação que passou agora a ser a mais desejada. Há 9 erros, sim senhor. Mas onde estão eles? Quem os cometeu? Em que jogos? Ficamos à espera.

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