Em que medida foi importante para si ouvir a mensagem do Presidente depois do momento que viveu com os adeptos do Benfica no último jogo [frente ao Farense, na sexta-feira, 8 de dezembro]? Essas palavras foram importantes para si e para que os adeptos entendam a sua posição?
Para mim não foi assim tão importante, pois sei o que o nosso Presidente pensa sobre nós, sobre mim, e do nosso futebol, da forma como trabalhamos em conjunto. Estamos em contacto todos os dias, não tenho qualquer dúvida sobre a sua atitude e crença em todos nós. Se virmos o que aconteceu no último ano e meio, de onde o Benfica veio e como está a nossa situação atualmente… Claro que não estamos satisfeitos com a nossa participação na Liga dos Campeões, mas, se olharmos para as outras competições, temos tudo em aberto. Tudo é possível. Estamos a um ponto da liderança da Liga, estamos nas outras competições e ainda podemos atingir a Liga Europa. Estamos a jogar bom futebol, está tudo equilibrado, mas, claro, unir toda a gente no Benfica é muito importante. Claro que é importante o Presidente falar para toda a gente. Sei agora, após ano e meio, muito sobre o Benfica. É um clube muito especial, onde a tolerância para empates ou derrotas é muito pequena. Por isso, cabe-nos vencer jogos, fazer os adeptos felizes como fizemos no passado. É isso, é muito simples. No nosso grupo, no Benfica, todos acreditamos no sucesso deste grupo e já o mostrámos.
“No Benfica, todos acreditamos no sucesso deste grupo e já o mostrámos”
Roger Schmidt
Como sente que estão os seus jogadores mentalmente depois do jogo com o Farense?
Claro que estão muito desiludidos com o resultado [1-1], mas também muito confiantes em relação ao desempenho. Estamos a jogar a um nível muito bom, a equipa, no geral, está em boa forma. Individualmente, os jogadores também estão em boa forma, muitos jogadores estão próximos do seu melhor nível outra vez. Mesmo não tendo vencido os últimos dois jogos na Liga, o desempenho é claramente positivo, temos de ver isso. Amanhã [terça-feira, 12 de dezembro], é importante jogar com autoconfiança, numa partida muito importante, e lutar para ficar nas competições internacionais.
A equipa precisa de vencer por dois golos de diferença. Será importante que tenha maior instinto goleador dentro da área?
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Isso é claro. Se calhar não teremos tantas oportunidades como no último jogo, mas temos qualidade para marcar mais golos, para jogarmos um futebol ofensivo fora de casa. A nossa abordagem é sempre a de jogar para a frente, marcar golos e ganhar jogos. A abordagem não será diferente, veremos qual será a abordagem do nosso adversário e temos de estar prontos para um jogo duro.
Ambas as equipas gostam de controlar o jogo. Como pode o Benfica ficar mais próximo de marcar os golos de que precisa?
Uma coisa é certa, precisamos de dois golos, mais golos do que marcámos no último jogo. Provavelmente, não criaremos o mesmo número de chances, mas o que mostrámos no último jogo é que estamos em muito boa forma, talvez a melhor fase desta época em termos de futebol. Estamos a jogar muito bem, a criar muitas chances e, agora, depende de nós usarmos essas oportunidades para vencer jogos. Amanhã [terça-feira, 12 de dezembro] é uma oportunidade muito boa, porque, se não formos capazes de marcar e ser eficazes, então estaremos de fora do futebol internacional. Para nós, a equipa, a equipa técnica, os benfiquistas e todos no Benfica, é muito importante jogar futebol internacional também no novo ano. Daremos tudo, temos a confiança, a equipa e os jogadores estão em boa forma, por isso agora depende de nós.
“Sempre que entramos em campo, queremos vencer jogos e marcar golos. Se marcamos o primeiro golo, vamos sempre em busca do segundo golo para decidir o jogo. A nossa abordagem é muito natural e estamos preparados para este jogo”
Em 25 jogos nesta época 2023/24, o Salzburgo só perdeu uma vez por dois golos ou mais. Quão preocupado está com isto?
É claro que é difícil vencer em Salzburgo, é uma boa equipa, mas também já mostrámos que somos capazes de jogar um bom futebol nestas situações. Para mim, é 100 por cento claro que podemos criar chances, especialmente porque estamos em muito boa forma. Se olharmos para o jogo em casa com o Salzburgo, jogámos 90 minutos com 10 jogadores. Aos 10′, recebemos um cartão vermelho, houve 10 minutos de compensação, por isso foram 90 minutos com 10 jogadores. Mesmo com 10 jogadores, fomos capazes de criar chances e talvez ganhar o jogo. Foi um desafio muito duro e equilibrado, e amanhã [terça-feira, 12 de dezembro] será o mesmo. Depende de nós mostrarmos eficácia no ataque, cuidar dos contra-ataques, dos momentos de transição do Salzburgo, porque são muito bons nisso, estão sempre à procura disso. Na verdade, a nossa abordagem é a mesma de sempre. Sempre que entramos em campo, queremos vencer jogos e marcar golos. Se marcamos o primeiro golo, vamos sempre em busca do segundo golo para decidir o jogo. A nossa abordagem é muito natural e estamos preparados para este jogo.
Jurásek falhou os últimos jogos. Como está ele agora em termos físicos? Está pronto para jogar?
Está a ficar melhor, teve alguns problemas. Na semana passada esteve melhor, a sua performance nos treinos, voltou à equipa e pode ser uma opção para amanhã [terça-feira, 12 de dezembro].
Quem vai substituir António Silva? Jurásek pode jogar e, assim, Morato mudar para o centro, ou prefere uma troca direta e colocar Tomás Araújo no onze inicial?
São as duas boas opções, mas claro que não vou anunciar a minha decisão hoje [segunda-feira, 11 de dezembro].
Treinou a equipa do Salzburgo entre 2012 e 2014. Qual é o sentimento de voltar a esta cidade?
Estou totalmente focado no jogo. Claro que é um sentimento especial voltar a esta cidade, de onde saí em 2014. Não tive muitas oportunidades de voltar, foram bons tempos. É uma cidade e uma equipa espetacular, mas estou focado no jogo.