O Relatório e Contas de 2019/20, que compreende o período de 1 de julho de 2019 a 30 de junho de 2020, apresentando um resultado líquido positivo de 41,7 milhões de euros, foi aprovado em Assembleia Geral da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD nesta quinta-feira, 1 de outubro.
Este resultado, lembre-se, fica próximo do melhor de sempre da Sociedade, correspondendo a uma melhoria de 48,7% face ao período homólogo e tratando-se do sétimo exercício consecutivo em que a Benfica SAD termina o ano com lucro.
“Foi uma Assembleia muito interessante. Temos hoje uma realidade positiva praticamente em todos os níveis do ponto de vista de resultados. Foi a melhor de sempre da SAD em termos de receitas, quase 300 milhões de euros (294 milhões de euros). Tivemos o segundo melhor resultado de sempre com 41,7 milhões de euros. Tivemos uma redução do passivo e ainda um ligeiro crescimento do ativo. Temos hoje capitais próprios acima de 160 milhões de euros. Do ponto de vista estritamente económico-financeiro, foi um ano de grande sucesso“, analisou Domingos Soares de Oliveira, CEO do Benfica, em declarações à BTV.
“A Assembleia decorreu com uma participação ativa dos senhores acionistas. Creio que foi a Assembleia que teve maior participação do ponto de vista de percentagem de capital presente. Tivemos aqui um conjunto de questões muito interessante e, no final, com uma exceção, o Relatório e Contas foi aprovado e a aplicação de resultados também, neste caso por unanimidade. Este mandato do ponto de vista económico-financeiro, que é aquilo que esteve em análise, é claramente positivo“, frisou.
“A pandemia [de COVID-19], da maneira como afetou o negócio dos clubes e das Sociedades Anónimas Desportivas, é, hoje em dia, incontornável. Não há nenhuma SAD de clube que possa discutir o tema de forma ligeira. O impacto do ponto de vista de receita de bilhética é enorme. Até agora não temos público nos estádios. Finalmente há uma primeira luz ao fundo do túnel em que podemos voltar a ter público“, comentou Domingos Soares de Oliveira.
“O impacto [da pandemia] do ponto de vista do merchandising e do mercado de transferências é bastante significativo. As Sociedades têm de estar preparadas para uma situação bastante difícil em termos de continuidade. Há estudos que apontam para um crescimento de assistências e de receitas a partir do segundo semestre, portanto, ainda teremos algum benefício até final de junho de 2021. Fora isso, o Benfica, pelo facto de ter feito a emissão obrigacionista que fez em julho e agora com a recente venda dos direitos económicos do jogador Rúben Dias, tem aqui uma posição mais robusta. Não significa que estejamos completamente isentos de problemas se voltar a haver alguma interrupção das competições, mas olhamos para o futuro de uma forma conservadoramente positiva“, revelou Domingos Soares de Oliveira.
Na reunião magna, que teve início às 19h00, e conforme comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), foram tomadas as seguintes deliberações:
- Aprovação do Relatório e Contas 2019/20, que compreende o período de 1 de julho de 2019 a 30 de junho de 2020, no qual foi apurado, em base individual, um resultado líquido positivo de 41.705.364 euros;
- Aprovação da proposta de aplicação de resultados, tendo o resultado apurado no período sido aplicado da seguinte forma: (i) transferência do montante de 2.085.268 euros (correspondente a 5% dos lucros apurados neste exercício) para reforço da reserva legal; e (ii) transferência do montante de 39.620.096 euros para resultados acumulados;
- Aprovação de um voto de confiança no Conselho de Administração e no Conselho Fiscal, bem como nos respetivos membros e ainda no Revisor Oficial de Contas, pelo exercício dos seus cargos durante o período compreendido entre 1 de julho de 2019 e 30 de junho de 2020.