Vítor Baía fechou o acordo de pagamento de uma dívida ao Estado na véspera das eleições do FC Porto realizadas em 27 de abril último. O acordo diz respeito à regularização de uma dívida de cerca de 5,4 milhões de euros que a Storehouse – Investimentos Imobiliários, empresa controlada por Baía e dois sócios, tinha à Parvalorem, entidade pública que herdou os ativos tóxicos do antigo BPN.
Segundo a comunicação social, o ex-vice-presidente e antigo jogador do clube pagou meio milhão de euros em dinheiro à Parvalorem com quem tinha uma divida com mais de 10 anos.
Recorde-se que Vitor Baia tem estado em grande polémica depois de o terem acusado de ter usado cartões de crédito do clube para pagar um batizado, deixando uma dívida de 50 mil euros. O próprio negou essa divida.
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«Não deixei qualquer cartão de crédito com passivo, muito menos da absurda quantia de € 50.000,00; Nunca Jorge Nuno Pinto da Costa assumiu qualquer dívida minha ou fez qualquer encontro de contas; Nunca tive quaisquer problemas fiscais, muito menos “vários”; Nunca o Estado ordenou qualquer penhora a ordenados ou prémios que eu tivesse direito a receber. Apenas a “Parvalorem” o fez, deixou de fazer e nunca mais o fará, uma vez que tudo está devidamente regularizado com tal entidade;
Nunca custeei qualquer festa ou batizado com o cartão do clube, sendo essa alusão, para além de perfeitamente ridícula e infeliz, feita por alguém que não percebe sequer como funciona um cartão bancário, nem a forma como eram atribuídas as despesas de representação aos membros do conselho de administração; A gratificação “de mais de € 280.000,00” nunca foi arrestada ou penhorada.
Pelo contrário, foi recebida por todos os anteriores administradores mas não por mim, pelo que permanece em dívida e terá que me ser paga até ao final do corrente mês de junho, caso contrário será judicialmente cobrada; Nunca declarei qualquer vencimento que não o real, sendo tal alusão, uma vez mais, para além de perfeitamente ridícula, notoriamente infeliz. Para além disso, o saldo do meu cartão sempre foi o mesmo e igual ao dos restantes administradores, não existindo qualquer obrigação assumida ou a assumir pelo clube, já que, por muitas despesas que me pudessem querer imputar, sempre seria credor e não devedor», nega Baía.
Ainda deixou uma ameaça que recorria aos tribunais se não lhes fosse pago o que é devido.