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Benfiquistão na recandidatura de Pinto da Costa à presidência

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Em Portugal, a relação entre o futebol e a política só se torna tema de grande discussão quando envolve o Benfica. Isso ficou bem evidente há três anos, quando os nomes de Fernando Medina, à época presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e António Costa, primeiro-ministro, sugiram na comissão de honra da recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica. Essa associação provocou um fervoroso debate público, sendo criticada e considerada uma promiscuidade entre as duas esferas.

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Agora, Manuel Pizarro, ministro da Saúde, reproduz a fórmula e declara publicamente apoio a Pinto da Costa, tendo, inclusive, sido o primeiro signatário da lista a pedir a sua recandidatura à presidência do FC Porto. No entanto, em contraste com a reação anteriormente vista no caso do Benfica, a atitude de Pizarro não recebeu qualquer reprovação pública.

𝗧𝗼𝗿𝗻𝗮-𝘀𝗲 𝗻𝗼𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗼 𝗮𝘀𝘀𝘂𝗻𝘁𝗼 𝗻𝗮̃𝗼 𝗱𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝘁𝗮 𝗮 𝗺𝗲𝘀𝗺𝗮 𝗶𝗻𝗱𝗶𝗴𝗻𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗾𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗼𝘀 𝗽𝗼𝗹𝗶́𝘁𝗶𝗰𝗼𝘀 𝘃𝗲𝘀𝘁𝗲𝗺 𝗮 𝗰𝗮𝗺𝗶𝘀𝗼𝗹𝗮 𝗱𝗼 𝗙𝗖 𝗣𝗼𝗿𝘁𝗼.

Todos nos recordamos do episódio que envolveu Mário Centeno, ex-ministro das Finanças, quando solicitou bilhetes para assistir a um jogo no Estádio da Luz com o seu filho. Desencadeou-se um verdadeiro escândalo nacional, o que levou o Ministério Público a agir e a emitir mandados de busca para o Terreiro do Paço. Porém, apesar da repercussão, o caso foi rapidamente arquivado. Em sentido inverso, quando poucos meses depois Rui Moreira, o Edil da Invicta e membro do Conselho Superior do FC Porto, foi visto na tribuna do Estádio do Dragão, não se registou qualquer comoção. A situação foi encarada com total normalidade.

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Da mesma forma, nenhuma suspeita foi levantada em relação ao antigo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, presença assídua na Tribuna do Dragão – e que, curiosamente, é filho do ex-presidente da Assembleia Geral do FC Porto, o juiz jubilado José Manuel Matos Fernandes. Lembrar que no julgamento do Envelope, no âmbito do processo Apito Dourado, ocorrido em 2009, José Manuel Matos Fernandes actuou como testemunha de defesa de Pinto da Costa, tendo enaltecido no tribunal a «seriedade» do dirigente portista e afirmado nunca ter constatado qualquer tentativa de suborno na arbitragem. Uma verdadeira comédia, portanto.

Concluindo, a disparidade de tratamento entre um caso que envolve o SL Benfica e os casos mencionados acima é óbvia e levanta questões sobre as percepções e padrões que emergem quando políticos se envolvem com clubes de futebol. Em Portugal, a relação entre política e desporto é observada com lentes diferentes, dependendo do clube em questão. 𝗧𝗮𝗹𝘃𝗲𝘇 𝘀𝗲𝗷𝗮 𝗶𝘀𝘀𝗼 𝗼 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗴𝗲𝗿𝗮𝗱𝗼 «𝗕𝗲𝗻𝗳𝗶𝗾𝘂𝗶𝘀𝘁𝗮̃𝗼» 𝗾𝘂𝗲 𝗼 𝗽𝗼𝗿𝘁𝗮-𝘃𝗼𝘇 𝗱𝗼 𝗙𝗖 𝗣𝗼𝗿𝘁𝗼 𝘁𝗮𝗻𝘁𝗼 𝗳𝗮𝗹𝗮.

É esta a pressão por parte do Benfica que alguns tanto falam na Sport TV.

Leia também: Na Sport TV atacam o Benfica para promover o Pote – Vídeo

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