Em entrevista à BBC, Bernardo Silva, jogador do Manchester City, renovou juras de amor ao Benfica. «Grande fã? Sou, sou. É o meu clube.» E respondeu afirmativamente quando o jornalista lhe perguntou se um dia gostaria de regressar. «É o meu clube, um dia vou jogar lá! Quero jogar naquele estádio pela minha equipa, só o fiz pela Seleção. Sempre disse que preciso de preencher esse vazio que tenho.»
Na conversa de mais de meia hora, Bernardo historia a sua carreira até agora, dos dois meses que a mãe e o avô pagaram, como presente pelo seu 7.º aniversário, para que jogasse nas escolinhas dos encarnados à decisão de sair, aos 19. “Quando fiz sete anos, o meu avô e a minha mãe pagaram para que entrasse na academia do Benfica durante dois meses como presente de aniversário. Depois desses dois meses, não tive de pagar mais, porque fui escolhido para o nível seguinte. Isso foi feito pelo meu avô, que era adepto do Sporting. Ele sabia que eu era um grande adepto do Benfica e que queria jogar lá, por isso estou muito grato”, acrescentou Bernardo Silva, que salientou, ainda, o papel de Rui Costa na evolução enquanto jogador.
“Quando tinha cerca de 15 anos, Rui Costa estava a jogar o último jogo e eu era apanha-bolas. Ele joga na minha posição e é um dos melhores médios que Portugal já viu. Ele foi uma grande inspiração para mim enquanto um dos meus ídolos”, sublinhou.
“Fiz três jogos pela equipa principal e depois tive de sair para o Monaco porque o Benfica queria que regressasse à equipa B. Foi difícil, mas tive de o fazer. O meu sonho dos sete aos 19 anos foi sempre jogar pela equipa principal do Benfica. Quando cheguei à equipa principal, comecei a reparar que não contavam comigo e até me meteram a defesa-esquerdo”, atirou Bernardo Silva, antes de concluir.
“Nessa pré-época, o treinador [Jorge Jesus] pôs-me a lateral. Falei com o meu agente, o Jorge Mendes, e ele disse que ia encontrar novas oportunidades. Quando percebi que tinha de treinar a lateral esquerdo, falei com o treinador e ele não contava comigo, disse que ia ser difícil para mim. Uma semana antes de sair para o Mónaco mandaram-me novamente para a equipa B. Tive de sair. Foi uma boa escolha, o Mónaco foi uma oportunidade fantástica e passei lá três épocas espetaculares.”