Bruno Lage manteve uma conversa com os jornalistas esta manhã, no Seixal, em jeito de balanço da época, e abordou, naturalmente, a conquista do título. O técnico lembrou também a primeira conversa com Luís Filipe Vieira.
Legado para os netos
“Fui pai com uma idade mais avançada nem me lembrei que um dia posso vir a ter um neto… O mais importante e o que me deixa satisfeito é deixar a marca. Quem se dedica tanto e deixa uma marca, ao ser campeão nacional, é um sinal de muita gratidão. Compensou por aquilo que abdicámos. Tem de ser esse o significado de uma vida. Olhando para trás, temos de perceber que o caminho que percorremos tem um significado.”
Informado que ia ser treinador principal…
“Foi numa situação em que já não estava à espera. Houve uma primeira antes, em dezembro, e depois, em janeiro. Cheguei a casa por volta das 20h30 para voltar ao Seixal depois de ter estado a trabalhar o dia inteiro, após preparar o jogo com o FC Porto B. Regressei à base para falar com o presidente. A ideia foi mostrar trabalho. Uma forma de tirar a pressão foi transmitir-lhes que têm uma oportunidade de fazer algo. Queria enquanto cá estivesse mostrar o homem e o treinador que sou.”
… e o primeiro onze
“Pensei logo no onze com o Rio Ave. Disse logo que ia meter o miúdo a jogar. Se quero deixar uma marca tenho de dar continuidade ao que foi feito, depois de já Rui Vitoria ter lançado uma aposta na formação.”
Conversa no balneário
“Senti isso que ia ser líder deles. Estamos no balneário a falar e há um momento em que me sento com eles e peço para olharem uns para os outros, a partir de agora iam ter de jogar em função uns dos outros, que um teria de correr pelo outro. Comecei a sentir que eles estavam a ouvir-me e não há hipótese. Eles dão ainda mais se sentirem que podem jogar como equipa.”