Capitão de Voleibol e médico deixa mensagem

Após dias de isolamento social/quarentena, e de um turbilhão de emoções, sensações e questões, não tenho dúvidas que a palavra do ano, que normalmente se decide lá para dezembro, será “Corona”.

É verdade, cá estamos nós na nossa angústia, fechados em casa, com pouco ou nenhum contacto social, a beber as informações das televisões, redes sociais e milhares de mensagens trocadas pelo WhatsApp.

Quais estão a ser os desafios desta aventura “negra”?

– A família e o isolamento social. A necessidade de protegermos os que nos são mais queridos e chegados. Como passar horas e horas em casa com as crianças, ter a capacidade de aproveitar todos os minutos e horas com eles. E se há uns meses nos queixávamos de ter pouco tempo com eles, chegou a hora de os compensar;

– A equipa e o Benfica. Deixámos de treinar em equipa e começámos a treinar cada um sozinho, em casa, no parque, através das indicações da nossa equipa técnica, com planos de exercício e nutrição atualizados e enviados diariamente. Cabe a cada um de nós, atletas, demonstrar que somos capazes de manter a nossa forma física, mesmo em condições excecionais como esta;

– A responsabilidade civil. Sim, temos de ter consciência que vivemos em sociedade e que precisamos uns dos outros, e neste momento o que mais precisamos é consciência cívica, de como nos comportar, perante esta ameaça;

– E no meu caso, o trabalho como médico, sim, também eu estarei na linha da frente, a ajudar todos aqueles que precisem, muitas vezes com aquele receio de que em casa tenho a minha família à espera da minha chegada são e salvo.

No fundo gostaria de mandar uma mensagem positiva de força e união, e com a certeza que tudo passará e que brevemente estaremos todos juntos a festejar as nossas vitórias. E um dos festejos será contra esta epidemia que sem dúvida nenhuma vamos vencer.

Hugo Gaspar

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