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Centralização: “Para já, a nossa intenção é fazemos o nosso caminho sozinhos”

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Luís Mendes, vice-presidente da Benfica SAD, falou sobre a saúde financeira do Benfica. Entre outras questões, em conjunto com o jornal ECO, o vice-presidente abordou a questão dos diretos televisivos.

 

“A centralização de direitos televisivos deu recentemente alguns passos interessantes em relação ao que é a definição de um produto, a definição de um modelo de comercialização. Contudo, tem sido feito muito pouca coisa em relação ao esforço de capacitação dos clubes e a formação que tem que ser dada aos clubes no sentido da devida alocação das verbas que vão chegar aos clubes. Esperamos que eles vão chegar e serem devidamente alocadas. Sem um controlo económico rigoroso, não conseguimos ter uma liga verdadeiramente competitiva. Veja-se o exemplo de Espanha… A La Liga tem o ‘empowerment’ suficiente para determinar as execuções dos orçamentos dos clubes, tem a capacidade impor a inscrição de um jogador, a não inscrição de um jogador… Portanto, sem controlo económico, não consigo ter um bom produto, não consigo fazer com que as sociedades desportivas façam os investimentos que têm que fazer, em infraestruturas, não só na aquisição de jogadores, mas que invistam naquilo que é melhoria do produto que temos que entregar. E é muito importante que tudo isto venha a ser feita o mais rapidamente possível…

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Em relação ao Benfica ficar de fora ou ficar dentro, já foi dada a garantia de que ninguém vai sair prejudicado com a centralização. O presidente Pedro Proença, ainda há pouco tempo, garantiu que ninguém iria ficar prejudicado.

A convicção do Benfica neste momento, em função dos dados que tem, é que vale mais e, valendo mais, naturalmente que a intenção é ir sozinho. Mas, como disse também há pouco, se aparecer alguma proposta que satisfaça, que favoreça o Benfica, porque não analisá-la.

De acordo com o contrato atual, o Benfica recebe 40 milhões de euros por ano da venda de direitos, assinado com a Nos. Considera que, nesta fase, será possível aumentar este valor de receita?

Claramente que acredito. Vejam, o Benfica pode vir a ter aqui várias formas de poder explorar [os direitos televisivos], pode ir pelo ‘linear’, explorar plataformas de ‘streaming’, pode até retomar o tema da BTV e ser mais uma vez inovador relativamente àquilo que foi feito quando lançou a BTV. Temos muitas possibilidades que nos dão boas perspetivas relativamente ao valor daquilo que seja o nosso negócio.

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