O PS alugou à CP um comboio para fazer a viagem de ida e volta entre Pinhal Novo e Caminha, transportando assim militantes da Margem Sul, Lisboa e outros locais ao longo da linha do Norte até ao Alto Minho para assistir à festa da rentrée.
A iniciativa está em linha com os princípios defendidos pelo Governo acerca do uso dos transportes públicos e da sustentabilidade ambiental e descarbonização. Um comboio com sete carruagens substitui 15 autocarros e é um transporte mais seguro, além de permitir o convívio entre passageiros que partilham os mesmos ideais.
Mas este comboio especial assume características mais especiais por a CP estar debaixo de fogo devido à situação de ruptura da sua frota, incapaz de assegurar o serviço regular – uma crise que tem provocado imensos atrasos e supressões de comboios e que colocou a empresa debaixo de forte pressão mediática e política este Verão. É por falta de material que a CP não vai este ano realizar os comboios especiais do Benfica que, a cada 15 dias, traziam milhares de adeptos de todo o país ao estádio da Luz – uma operação que já era uma rotina e que tinha sido um sucesso nos últimos anos.
Não há para o cliente Benfica mas há para bancos e partidos políticos. Grandes empresas e alguns bancos encontram-se entre os clientes habituais da CP para este tipo de serviços. E nos últimos anos o PCP não falha o aluguer de um comboio especial para Foros de Amora, a estação ferroviária mais perto da Festa do Avante!.
Apesar de o contrato ter sido feito entre uma empresa pública e um partido político, a CP recusou divulgar quanto custou o aluguer do comboio do PS, alegando que “se trata de condições comerciais acordadas directamente com os clientes”. O diário digital Observador refere que foram 13 mil euros.