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“É nestes momentos que se exige equilíbrio”

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O presidente do Benfica, Rui Costa, falou na inauguração da Casa do Benfica da Figueira da Foz.

“Temos de pensar sempre em entrar para ganhar. Não vamos ganhar sempre, mas temos de entrar em campo para ganhar. O Benfica é assim. Queremos construir plantéis equilibrados e vencedores, usando cada janela de mercado para trazer qualidade e não quantidade, o que em certa medida conseguimos fazer já neste primeiro mercado”, referiu.

 


 

“O resultado no Estoril está longe de ser o que queríamos, estamos tristes com o empate e sobretudo com o empate e sobretudo com a perda momentânea do primeiro lugar, mas é nestes momentos que se exige equilíbrio, entre perceber o que nos fez perder cinco pontos nos últimos três jogos do campeonato e a certeza do que fizemos bem no início da época, mostrando a todos a qualidade da equipa. Temos de recuperar essa dinâmica”, continuou Rui Costa.

“Assistimos à maior participação de sempre num ato eleitoral, a segunda a nível mundial. É enorme a responsabilidade conferida por todos vocês, como a confiança depositada no nosso trabalho. Compete-nos não vos desiludir”, apontou, mostrando-se orgulhoso por liderar um clube “sem comparação”.

“Como costumo dizer, o Benfica só não tem uma coisa: comparação. A cerimónia de hoje ficará bem guardada na minha memória. Foi aqui, na Figueira da Foz, que tive o primeiro ato oficial enquanto presidente do Benfica. Isso, para quem ama e vive o Benfica, como eu, não se esquece”, justificou.

 

Discurso do presidente na integra:

Senhor Presidente da Casa do Benfica na Figueira da Foz

Caros colegas de Direção do Sport Lisboa e Benfica

Senhores Presidentes e demais dirigentes de outras Casas do Benfica aqui presentes

Ex-jogadores do nosso clube

IIustres convidados.

Benfiquistas.

Tenho alguma dificuldade em traduzir por palavras o extraordinário momento que vivi há pouco na inauguração das novas instalações da Casa do Benfica na Figueira da Foz. Tal como aquele que estou a viver agora, neste almoço.

Isto é o Benfica!

Estou certo de que no futuro, onde quer que vá, qualquer Casa do Benfica que visite ou inaugure, chegarei ao final do dia e poderei dizer o mesmo.
Que encontrei muito benfiquismo. Muita celebração da mística benfiquista. Não duvido. Porque nisso, como em tantas outras coisas, somos de facto incomparáveis.

Como costumo dizer, o Benfica só não tem uma coisa: comparação.

Mas permitam-me que destaque a cerimónia de hoje, porque ela ficará bem gravada na minha memória.

O que recordarei e ficará para a história é que foi aqui, nesta bela Figueira da Foz, que tive o meu primeiro acto oficial enquanto Presidente do Sport Lisboa e Benfica.

E isso, para quem ama e vive o Benfica como eu, como todos nós, não se esquece.

Como não se esquece, ninguém poderá esquecer, a extraordinária importância que as Casas do Benfica representam para o clube.
Local privilegiado para manter a chama imensa. Para cultivar o fervor benfiquista. Para transmitir os nossos valores. E para preservar a nossa história.

Caras e caros Benfiquistas,

Existem hoje 298 Casas, nos cinco continentes. Representam cerca de 25% dos bilhetes vendidos para o nosso estádio e 8% dos nossos adeptos deslocam-se aos jogos na Luz em transporte organizado por elas.
Representam igualmente cerca de 20% da distribuição de produtos oficiais do Benfica.

Mas as Casas são muito mais do que números.

São verdadeiras embaixadas dos nossos valores, princípios e identidade, que desde sempre fazem parte do ADN do Benfica.

Somos um clube com uma dimensão popular única, que sempre teve no apoio dos seus milhões de sócios, adeptos e simpatizantes a sua maior força e mística tão especial.

As Casas representam tudo isso e ainda uma importância incalculável para as comunidades locais onde se inserem.

Apenas a titulo de exemplo vos digo que são mais de vinte e cinco mil as crianças, jovens e adultos que praticam desporto nas Casas ou através das Casas, em cerca de trinta e seis modalidades.

Sim, vinte e cinco mil.

A Casa nº 49, esta na Figueira da Foz, presidida há 27 anos, desde a sua fundação, pelo meu querido amigo Hermenegildo Neto, não foge à regra.

Está no top 5 das que vendem mais merchandising e tem uma equipa de pesca a disputar a subida ao nacional. Mística, números e desporto.

Quero, por isso, saudar e homenagear, em nome de todos os Benfiquistas, o extraordinário trabalho aqui feito, que tanto prestigia o nosso Benfica.

O carinho com que nos receberam, dão-nos a todos, e a mim em particular, uma energia redobrada para a caminhada que inciei há 22 dias e reforçam um dos compromissos para este mandato: Casas e Clube têm de estar cada vez mais próximos.

E faço esse agradecimento na pessoa do seu Presidente, Senhor Hermenegildo Neto.

Um exemplo para todos nós.

Exemplo de benfiquismo e de defesa dos interesses do Benfica. Os seus quase 88 anos de vida e 71 de sócio, não o impedem de ser um benfiquista dos tempos modernos.

Depois de passar pela direção do Benfica e pela presidência da nossa secção de Hoquei em Patins, dedicou-se de corpo e alma a esta Casa do Benfica, sabendo adaptar-se à evolução dos tempos.

Hoje, 27 anos depois, inaugura o terceiro espaço sede desta Casa, com todos os serviços que hoje as Casas disponibilizam.

Para o Senhor Neto, a nossa homenagem e uma salva de palmas.

Aproveito igualmente a oportunidade para agradecer aos ex jogadores do Sport Lisboa e Benfica que, com a sua presença, engrandecem e muito este dia.

Quero também deixar uma palavra de agradecimento a todos os presentes, que num domingo, decidiram trocar o conforto do lar e a companhia da família por um outro amor que nos une: o Benfica.

A todos e cada um de vós, o meu muito obrigado.

Caras e caros Benfiquistas,

No passado dia 9 de outubro, assistimos à maior participação de sempre num ato eleitoral de um clube português, a segunda maior a nível mundial.

Os atuais órgãos sociais do Benfica foram eleitos pelo maior número de sócios e de votos em toda a história.

É por isso enorme a responsabilidade que nos foi conferida por todos vocês, sócios deste grande clube. Como enorme é também a expectativa que depositam no resultado do nosso trabalho.

Compete-nos não desiludir e honrar a história e a grandeza do nosso clube.

Na primeira reunião de direção definimos os seis eixos estratégicos que pretendo venham a marcar positivamente o futuro do Benfica.

E é sobre esse Benfica que vos quero falar.

Primeiro pilar, o plano desportivo. No nosso clube temos de pensar sempre em ganhar. De entrar para ganhar.

Não vamos ganhar sempre, mas teremos sempre de entrar em campo para ganhar.

Porque somos assim. Porque o Benfica é assim. Não desistir nunca e querer vencer sempre. É esse o nosso código genético.

No futebol, queremos construir planteis equilibrados e vencedores, usando cada janela de mercado para trazer qualidade e não quantidade.

O que, em certa medida, conseguimos fazer já no último mercado.

Pesem embora algumas exibições e resultados dos últimos jogos, sabemos que esse é o único caminho.

O resultado de ontem, no Estoril, está longe de ser o que queríamos.

Estamos tristes e desiludidos com o empate e, sobretudo, com a perda momentânea do primeiro lugar.
Mas é nestes momentos que se exige equilíbrio.

Equilíbrio para se exigir sempre mais mas sabendo que se nada estava conquistado, antes deste jogo, obviamente também nada está perdido neste momento.

Equilíbrio entre perceber o que nos fez perder 5 pontos nos últimos 3 jogos do campeonato e a certeza do quanto fizemos bem no início da temporada, mostrando a todos a qualidade da nossa equipa.

No futebol feminino, após subirmos de divisão, vencermos o campeonato e entrarmos, de forma inédita, na fase de grupos da Liga dos Campeões, o objetivo passa por continuar a crescer, a melhorar, mas de forma sustentada, tendo como objetivo dar dimensão ao projeto e incorporá-lo na SAD.

As nossas vitórias e a afirmação do projeto desportivo são transversais a todas as modalidades e, agora, estamos também focados nas equipas femininas.

E por isso, as modalidades continuarão a representar uma aposta clara, no masculino mas também no feminino. Somos já hoje a única equipa portuguesa com todas as equipas em ambos os géneros.

Pretendemos maior competitividade, vencer cá dentro mas assumirmo-nos também na Europa, nomeadamente no futsal e no hóquei patins.

Pretendemos um projeto olímpico que continue a orgulhar os Benfiquistas. Se em Tóquio, o clube teve a maior delegação da sua história, ambicionamos a que nas próximas edições dos Jogos, o Benfica seja o clube com mais atletas na delegação portuguesa.

Como clube eclético que somos, queremos voltar a ser uma referência em modalidades com história no Benfica, como o râguebi, e não fechamos a porta a novas modalidades, desde que tenham a possibilidade de honrar com resultados o Benfica e não interfiram com a sustentabilidade do clube.

São disso exemplo o Ciclismo e o Futebol de Praia.

O segundo eixo estratégico diz respeito à primazia que pretendemos dar aos sócios e adeptos.

É neles que reside boa parte da grandeza e do potencial do Benfica.

E por isso defendo que toda a estratégia do clube deve centrar-se ou ter como fim último os sócios (donos do clube) e os adeptos.

Nesse sentido, e a título de exemplo, construiremos a Casa do Sócio no Estádio da Luz e daremos um novo impulso às Casas do Benfica, enquanto grandes embaixadoras do Benfica e da mística benfiquista.

Ao crescimento do número de Casas verificado nos últimos anos, aliou-se o projeto de uniformização da sua imagem.

Mas, decididamente, queremos ir mais longe.
É com essa ambição que foi desenvolvido o projeto das Casas 2.0 e que, rapidamente, devemos tirar do papel.

Serão espaços mais completos, com uma grande oferta de serviços e oportunidades de lazer e prática desportiva virada, sobretudo, para fora, para as comunidades locais.

Serão Casas do Benfica ao serviço da cidadania, da promoção do desporto e da inclusão.

Ao nível da Sustentabilidade financeira, terceiro eixo estratégico, estamos focados na estabilidade económica e financeira, em diversificar fontes de financiamento e em assegurar relações com acionistas, investidores e entidades financeiras.

O Benfica de hoje é um clube moderno, organizado, responsável e sustentável, credível e preparado para continuar a vencer.
É um clube que a todos, sem exceção, deve encher de orgulho.

E é, também, um exemplo internacional ao nível da gestão.

Nos últimos anos, por exemplo, triplicámos as receitas do clube, atingindo a marca dos 300 milhões, algo impensável até há bem pouco tempo.

A nossa prioridade será sempre Ganhar.

Serão sempre projetos desportivos fortes e vencedores que nos guiarão, mas sem nunca comprometer a saúde financeira do clube.

Sem nunca comprometer o futuro do Benfica.

No quinto eixo, colocámos a Revisão estatutária.

Como defendi na campanha eleitoral, impõe-se que os estatutos do Sport Lisboa e Benfica sejam revistos.
Estando os atuais em vigor há mais de 10 anos, é natural que em muitas matérias não estejam alinhados com a realidade dos tempos atuais e com as expectativas dos nossos associados.

Enquanto principal documento que rege a vida do nosso clube, entendo que o processo de revisão dos Estatutos do Sport Lisboa e Benfica deve ser iniciado por uma Comissão que congregue as diferentes sensibilidades do clube, tendo em vista apresentar um documento em que a maioria dos associados se reveja.

Por outro lado, entendo que a aprovação de um documento desta importância não deve ser limitado aos cerca de 0,5% de associados que por norma participam numa AG.

Pelo contrário, deve sê-lo pelo maior número de associados possível. Também este tema pretendo que seja alvo de uma grande reflexão.

Uma Comunicação eficaz é outro dos pilares que pretendemos para este mandato.

Podemos fazer tudo bem mas se não o comunicarmos de forma eficaz, no final do dia não estaremos tão fortes como poderíamos e deveríamos estar.

Defendemos uma comunicação mais ativa e menos reativa.

Uma comunicação que potencie a marca Benfica e a posicione onde mais ambicionamos.

Uma comunicação que vá de encontro ao que os sócios e adeptos pretendem.

A título de exemplo, iremos criar a designada Fábrica de Conteúdos, que alimentará todos os canais do clube, como a BTV, as redes sociais, o site e o jornal, com conteúdos mais atrativos e apelativos para os adeptos, com muito desporto, bastidores, com os atletas na primeira pessoa, entre outras ideias em que estamos a trabalhar.
Por fim, destaque para as infraestruturas.

Este ponto ocupará importância central nos próximos quatro anos. Será por aqui que passará boa parte do crescimento e da dimensão que pretendemos dar ao clube.

Criaremos uma Cidade Desportiva, na margem norte do Tejo, em Lisboa ou próximo de Lisboa, que contemple as modalidades, o futebol feminino e um polo para o futebol de formação.

Reformularemos o Estádio da Luz, revestindo todo o seu exterior, alterando as cadeiras, os écrans gigantes e o sistema sonoro e colocaremos leds ao longo dos anéis que separam os diferentes pisos das bancadas.

Daremos continuidade ao perspetivado alargamento do Benfica Campus e construção da Universidade e reformularemos os pavilhões da Luz.

Isto é apenas parte daquilo a que nos propomos. Os objetivos são claros. Os níveis de ambição e exigência são enormes.

E por isso gostaria de deixar uma mensagem muito franca, de enorme ambição e confiança, a todos os benfiquistas.
Pretendemos através daqueles seis eixos estratégicos duas coisas muito simples mas que considero sagradas: clareza em todos os processos e união da família benfiquista.

Porque unidos podemos ser imbatíveis. Sim, unidos podemos ser imbatíveis.

Vivam as Casas do Benfica.

Viva a Figueira da Foz.

Viva o Sport Lisboa e Benfica.

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