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Donos do Correio da Manhã põem em perigo saúde pública. Poluição no Tejo continua a não ser capa naquele jornal

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Quando finalmente são denunciados, esperávamos que o grupo Cofina tivesse tomates de mostrar o seu jornalismo independente e publicasse o que está a acontecer no Tejo. Mesmo depois de ter sido divulgado os nomes dos accionistas de ambas as empresas, as notícias continua a colocar o Benfica na primeira página. Tal como aconteceu com Centeno durante várias semanas. Assim sendo continuamos nós a mostrar quem são os responsáveis.

“Quando o justiceiro vira cordeiro
Como explicar o recolhimento, a rigorosa cautela, a forma sisuda, neutra e muitíssimo discreta com que o “Correio da Manhã” tem tratado o badalado caso da poluição no Tejo que, com enormes camadas de espuma flutuante, daria tão sugestivas fotos e títulos tão assustadores? A fabricante de pasta de papel Celtejo, que tem surgido como uma das principais suspeitas deste gravíssimo crime ambiental, pertence ao grupo Altri. O CEO da Altri é Paulo Fernandes, CEO da Cofina. Os acionistas da Cofina e da Altri são praticamente os mesmos. Em resumo, os donos da Celtejo são os donos do “Correio da Manhã”. Fosse o CM de sempre a fazer os seus bons títulos sobre este caso e havia várias manchetes possíveis: “Paulo Fernandes polui Tejo outra vez”; “Donos do CM põem em perigo saúde pública”; “Patrão de Octávio Ribeiro conspurca água dos lisboetas”. Em vez disso, parece o mais cuidadoso dos jornais de referência, esperando por todas as confirmações e certezas. Quase se adormece a ler notícias que nem uma chamada à primeira página mereceram. Nada como pôr os justiceiros a escreverem sobre o patrão para que se transformem em mansos cordeiros.”

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