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“Isso não é um caso, aconteceram 3 casos”

Jorge Jesus fez a antevisão ao jogo com o Tondela, às 19 horas de sexta-feira, mas a conferência ficou marcada pela polémica que se seguiu ao Moreirense-FC Porto, manchado pela agressão a um repórter de imagem da TVI após o jogo e queixas dos dragões em relação ao árbitro.

 

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«Isso não é um caso, aconteceram 3 casos. Não fica bem da minha parte jogar com Tondela e falar de outras situações. Mas penso que todos temos de rever processos, treinadores, árbitros, jogadores, para que o futebol em Portugal, que é representado pelos jogadores que são de top mundial  – ainda ontem na meia-final da Champions estavam vários – temos de olhar para o nosso produto e pensar que é mais importante que interesses individuais, senão andamos sempre com essas situações. Particularmente gostava de contribuir para que não acontecesse.»

 

 

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Carvalhal condenou comportamento de treinadores, o que fazer diferente?

«Já que fala do Carvalhal [ver peça associada] depois do jogo em Braga ele ofereceu-me uma garrafa de vinho… (risos) em Inglaterra são culturas diferentes, não quer dizer que não seja indicador que podemos aproveitar coisas que são boas. Nós treinadores, com os anos, vamos olhando para as coisas de maneira completamente diferente. A munha saída para fora fez-me ter outras perspetivas. Todos temos de melhorar. Mas alguma coisa aconteceu antes e passa sempre pelo jogo. Se falamos dos treinadores e dos árbitros, penso que eles têm de ter mais autoridade no jogo, ou seja, têm de se assumir mais. Não há muitos anos, só o treinador é que podia falar no banco; e mesmo assim… ia logo expulso. Hoje falam todos os jogadores – falo de todas as equipas -, levantam-se todos os jogadores do banco, levanta-se o roupeiro, o médico, se estiver lá o gato também se levanta o gato. Desde que não há público toda a gente acha que tem opinião e deve interferir no jogo… o mesmo no jogo: antigamente só o capitão de equipa é que se podia dirigir ao árbitro, hoje não, hoje todos falam. Ou seja, hoje o árbitro não tem autoridade nenhuma porque não quer; tem autoridade mas não se quer assumir. Tem de se assumir, tem que se fazer uma reciclagem com quem de direito na arbitragem para dizer: ‘vocês têm autoridade para impor as regras do jogo. E quem não quiser vai para rua’. É tão fácil como isto. Era assim porque é que agora não é? Porque não há público? Isto depois origina outras situações. Todos temos de mudar e melhorar o nosso produto. Ele é bem jogado, porque é que estas situações acontecem? Parece o antigamente do futebol sul-americano, que acabava tudo à porrada uns com os outros. Hoje já não existe isso e temos de começar a pensar e caminhar em defesa do futebol.»

 

Esperava em 2021 ainda assistir ao que aconteceu fora do estádio em Moreira de Cónegos?

«Eu se fosse do Tondela ficava zangado, não fazem perguntas sobre o jogo…  Isto é tudo o que penso para além do futebol o que é a nossa sociedade, o que é hoje o mundo. As pessoas que têm de tomar decisões estão a perder autoridade. Falou das forças policiais… hoje, se eu for polícia deixo as coisas acontecer. Se não para quê, para ser preso? Eu que sou polícia é que vou ser preso? Ou despedido. Hoje isto está assim, deixa andar!»

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