A banha da cobra que João Noronha Lopes andava a vender, cada vez que se apresentava como o “grande gestor de sucesso”, acabou exposta — com milhões de prejuízo deixados por onde passou.
Chamado a responder se podia identificar as empresas ou mostrar documentos, fugiu como sempre: respondeu com o guião de “25 anos de experiência em gestão” – mas sem dizer onde e sem mostrar nada.

Depois do exclusivo da TVI/CNN, a reação foi a habitual.
As jornalistas que assinaram a investigação começaram a receber ameaças e insultos por parte dos apoiantes de Noronha Lopes.
Sandra Felgueiras, elogiada por esses mesmos moralistas quando entrevistava Vieira ou Rui Costa, passou de “referência do jornalismo” a alvo da fúria dos voluntários do Noronha.
Nada de novo.
Quando os “protetores da transparência” são apanhados, usam os mesmos argumentos que tanto criticam.
E quando já não têm argumentos, partem para a coação e o ataque pessoal.
Um exemplo basta:
Uma das contas mais ativas na campanha de Noronha Lopes começou a semana com uma notícia “plantada” para delírio dos seus seguidores.
Quem a assinou? Sandra Felgueiras.
Nenhuma ameaça. Nenhum insulto.
"Não só tenho consciência tranquila, como é um dos pilares do meu mandato. Foi devolver a credibilidade que o Benfica tinha perdido. Durante 4 anos o Benfica não teve mais problemas com a Justiça" – Rui Costa (25/09/25) pic.twitter.com/m4zqbvcZtv
— olhaoquete2igo (@olhaoquete2igo) October 6, 2025
"Devolvi ao Benfica a credibilidade perdida" – Rui Costa pic.twitter.com/5ExzUfFlIY
— olhaoquete2igo (@olhaoquete2igo) October 6, 2025
Sai uma investigação que atinge o D. Sebastião da banha da cobra e do vira-dívidas, e chovem ameaças, ligações ao FC Porto e insultos ao mensageiro.
Demasiado baixo, sujo. Encomendas como as de hoje são o exemplo perfeito de um regime decrépito prefere levar um clube para o caos fraturando-o ainda mais.
No fundo Rui Costa garantiu que nunca mais terá um clube unido e "em paz" enquanto for Presidente. https://t.co/qRnXi7Qb5W
— olhaoquete2igo (@olhaoquete2igo) October 9, 2025
O padrão é claro:
quem se diz diferente, usa as mesmas táticas de quem mais condena.
E o mais grave?
Nem o próprio se atreveu a desmentir uma única linha da reportagem.