“Mais uma jornada na liga portuguesa e os critérios voltam a merecer reflexão”
1- Mais uma jornada na liga portuguesa e os critérios voltam a merecer reflexão. Ontem, no estádio da Luz, logo nos primeiros minutos do jogo, um jogador do Rio Ave escapou à expulsão, num lance em que atingiu, com violência, a tibiotársica de Kokçu.
2- O árbitro do jogo, Tiago Martins, foi o mesmo que expulsou o jogador Bah, do Benfica, em Braga, num jogo da Taça de Portugal, há duas épocas. O lance é do mesmo tipo do que se verificou ontem, mas, o mesmo árbitro, alertado pelo VAR, expulsou o lateral direito do Benfica. Devido a essa expulsao, a equipa orientada por Roger Schmidt, nessa altura, foi eliminada da Taça de Portugal.
3- Na época passada, logo na jornada de abertura do campeonato, também num lance de excessiva dureza, o avançado do Benfica, Musa, recebeu ordem de expulsão, num lance em que escorregou e atingiu com dureza o defesa do Boavista. Expulsão do atacante croata, numa altura em que o Benfica vencia e controlava o jogo. No fim, o Boavista acabaria por vencer, ditando a derrota dos benfiquistas, logo na jornada de abertura do campeonato.
4- Desde sempre que o Benfica tem manifestado a sua preocupação com os critérios aplicados pelos árbitros, nos jogos da liga portuguesa. Porque é que numa semana, o Sporting é beneficiado com uma grande-penalidade após um lance de pretensa mão de um adversário que as imagens não confirmam e na semana seguinte, num lance de mão de um defesa do Moreirense, que as imagens documentam, não se assinala penalti a favor do Benfica, numa altura em que o jogo está empatado?
5- Assim como, este fim de semana, que critério é que terá sido utilizado pelo árbitro que o Sporting efetuou em Famalicão, para não assinalar uma grande-penalidade contra o Sporting, por um evidente e claro pisão de Diomande sobre um defesa da equipa local. O jogo, nessa altura, ainda se encontrava empatado e convertendo essa possível grande-penalidade, o Famalicão, muito possivelmente, levaria uma vantagem no marcador para o intervalo.
6- Mas não é a primeira vez que um pisão não assinalado influencia o resultado final de um jogo. No Dragão, num jogo que se encontrava empatado, o avançado portista Samu, pisou um defesa do Farense para, logo de seguida, apontar o golo da vitória do FC Porto nesse jogo, já nos minutos finais. Mais uma vez, nem o árbitro, nem o VAR, apesar da evidência das imagens, foram capazes de assinalar a falta atacante que toda a gente viu que aconteceu, através das imagens da transmissão televisiva.
7- Os critérios de arbitragem não podem ser aplicados de uma forma que beneficia uns e prejudica outros. E, sobretudo, não devem ser aplicados de uma forma que já permitiu a alguns clubes beneficiar da conquista de pontos que, de outra forma, poderiam ter perdido.