As autoridades húngaras deram luz verde à extensão do Mandado de Detenção Europeu (MDE) de Rui Pinto, que se encontra preso preventivamente em Lisboa. Agora, e de acordo com uma nota do DCIAP, “esse pedido teve resposta positiva das autoridades húngaras, as quais deram consentimento, a 13 de agosto de 2019, à extensão do MDE”.
Segundo o DCIAP, “no âmbito de um inquérito que teve origem numa queixa da Doyen Sports, o Ministério Público pediu, em julho, às autoridades húngaras a extensão do Mandado de Detenção Europeu (MDE), em execução do qual havia sido detido, e entregue às autoridades nacionais, um cidadão português”.
Em julho, a agência Lusa revelou que como o arguido nunca renunciou ao princípio da especialidade, para que a justiça portuguesa possa vir a acusar e a julgar Rui Pinto por outros factos e crimes que não estes, o MP teve de pedir a extensão do MDE às autoridades húngaras, com base em novos factos e indícios entretanto apurados no decorrer da investigação – que não constam mandado original – e que poderão vir a dar origem a outros processos judiciais.
Entre estes factos, estão acessos ao correio eletrónico de “largas dezenas de ofendidos”, nomeadamente, magistrados do MP, elementos da Administração Interna, PSP, escritórios de advogados, FIFA, Benfica, FC Porto, Nacional e da confederação sul-americana de futebol (CONMEBOL).