O castigo aplicado anteontem pelo Conselho de Disciplina a Luís Filipe Vieira é o culminar de um conjunto de decisões em que a parcialidade, a dualidade de critérios e a impreparação jurídica dos seus responsáveis é óbvia.
Neste caso em concreto, estamos a falar de um jogo em que o Presidente do Sport Lisboa e Benfica teve um papel fundamental e apaziguador, no sentido de que a equipa voltasse dos balneários ao intervalo, perante a mais escandalosa arbitragem existente em Portugal de há muitos anos para cá.
As suas declarações no final do jogo, que foram objeto desta castigo, limitaram-se a constatar factos vistos por todos e até reconhecidos pela análise posterior do Conselho de Arbitragem. O que inclusivamente levou a um pedido de paragem pelos próprios intervenientes.
Esta é a verdade e está muito distante da versão ficcionada pelo Conselho de Disciplina.
Mesmo com as declarações de Luís Filipe Vieira a serem suportadas e corroboradas pela realidade dos factos – reconhecida por todos! – considera o Conselho de Disciplina que foi ofensivo para com a equipa de arbitragem. Ou seja, sustentam a decisão ignorando os factos concretos, inspirados talvez num culto messiânico mais próprio de regimes totalitários em que nem o livre direito de expressão sobre a verdade pode ser permitido.
Mas o pior é que esta obsessão só exista para com toda e qualquer pessoa do Sport Lisboa e Benfica. Relativamente a outros clubes, (mesmo para quem assume declarações impróprias e ofensivas), temos arquivamentos com base no mero reconhecimento, fazendo-se aí tábua rasa dos próprios factos que os autores assumem ter cometido.
São vários os exemplos, ao longo desta época, de decisões e atitudes persecutórias por parte do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol para com o Sport Lisboa e Benfica. Visava-se, em todas essas ocasiões, a criação de factos perturbadores e desestabilizadores da nossa atividade, sempre em momentos decisivos da época desportiva, com especial destaque para os processos relacionados com o fecho do Estádio da Luz, invariavelmente em vésperas de jogos decisivos contra os nossos principais rivais.
Nos seus órgãos próprios, o clube irá analisar esta grave situação, mas desiludam-se os que achavam que este novo castigo iria criar algum foco de distração sobre o nosso principal objetivo.
Estamos todos concentrados na luta e nestas 3 últimas finais que nos faltam. Sabemos que será difícil, muito duro e temos a consciência de que nada está ganho.
E esta é a melhor resposta que desde sempre nos habituámos a dar: lutar no campo, ganhar no campo! Sempre, mas sempre, em nome da verdade desportiva e dos valores de que o Sport Lisboa e Benfica jamais abdicará.