Rui Vitória lembrou ontem que o Benfica pode ter até um máximo de 16 jogos para cumprir nos meses de dezembro e janeiro. Uma média de 8 duelos por cada mês. Dois a cada semana.
Há adversários em situação semelhante e, por isso mesmo, o discurso do treinador do Benfica não deve ser entendido como uma queixa, muito menos como a chamada de atenção para um factor negativo em relação aos rivais nacionais.
Vem reforçar, isso sim, a preocupação e constatação de que, com o quadro competitivo atual, as equipas portuguesas estão em desvantagem face a adversários diretos de outros países com calendários mais equilibrados.
O Benfica cumprirá hoje, em Montalegre, o 28º jogo oficial da temporada. Seguem-se, ainda em 2018, o Sp. Braga (Liga) e o D. Aves (Taça da Liga). Ou seja, terminará o ano com 30 jogos realizados na época em curso. Mais do que qualquer outra em Portugal.
Se o Benfica conseguisse chegar o mais longe possível nas três competições a eliminar em que está atualmente envolvido, teria de somar os 34 jogos (garantidos) do campeonato, a um total de 7 da Taça de Portugal, 5 da Taça da Liga, 10 da Liga dos Campeões (já realizados) e mais 9 da Liga Europa. Isto é: há um potencial máximo de 65 jogos para fazer em 2018/19 – coisa que passaria a constituir um novo recorde.
Como há vários jogadores internacionais no plantel do Benfica que são chamados regularmente às respetivas seleções, isto quer dizer que alguns deles teriam a possibilidade de terminar esta época com mais de 70 jogos!
Não está a chegar o momento de parar para pensar?