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“No dia seguinte não podes continuar a incomodar-me porque eu tive um mau jogo”

A entrevista ao futuro avançado do Benfica é muito boa. Vamos ver como vai correr com um jogador que não tem problemas de ser direto

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Além de ter abordado o interesse do Milan, o papel do avançado no futebol moderno e o futebol como profissão, Pavlidis, alvo do Benfica para a frente de ataque, fez questão de, anteontem, no podcast Business Review Greece, deixar algumas palavras sobre a saúde mental dos futebolistas e o assédio que sofrem.

«Não podemos ganhar sempre, às vezes temos um dia mau. Percebo que as pessoas fiquem chateadas e desiludidas, porque adoram a equipa, mas no dia seguinte não podes continuar a incomodar-me porque eu tive um mau jogo. Tu também vais trabalhar todos os dias e é normal que não consigas estar sempre ao melhor nível e fazer sempre o trabalho de forma perfeita, que te sintas cansado. Somos todos humanos, temos todos problemas, dentro e fora das linhas. Felizmente ou infelizmente, os futebolistas recebem melhor que num trabalho regular, mas isso não dá o direito às pessoas de me chamarem nomes e dizerem coisas más», começou por dizer o futuro avançado do Benfica.

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O melhor marcador da última edição da Eredivisie revelou que procura «nunca ler comentários nas redes sociais», mas que «houve um par de vezes em que quis mesmo responder», realçando, ainda assim, que hoje está «mais relaxado»: «não presto atenção a isso, porque não sei quem é o tipo por detrás da mensagem nem que problemas ele tem.»

O atacante grego explicou como as equipas ajudam os futebolistas a ultrapassar problemas de saúde mental: «Todas as equipas têm psicólogos. Se tiveres problemas, há pessoas que te podem ajudar, porque as equipas querem ter jogadores felizes. No meu caso, não sinto pressão apenas de quem vem ver um jogo, sinto pressão de mim próprio, porque quero ter sucesso. Trabalho desde os cinco anos para isto, perdi coisas da minha vida, momentos com a minha família para ter chegado a este nível. Perdi muitas coisas, mas ganhei outras. Se ou quando me sinto em baixo, tenho uma pessoa, um psicólogo, com quem posso falar.»

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