O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) encerrou o caso conhecido como ‘caso dos Vouchers’, oito anos após a denúncia feita por Bruno de Carvalho, então presidente do Sporting, contra o Benfica. Neste processo, o FC Porto atuou como assistente.
Bruno de Carvalho alegou que o Benfica oferecia presentes a equipas de arbitragem, estimando um custo total de cerca de 250 mil euros por ano.
Por sua vez, o Benfica sempre argumentou que o chamado Kit Eusébio não tinha qualquer objetivo obscuro, sendo uma prática comum naquela época. Na altura, o clube era liderado por Luís Filipe Vieira.
Segundo o despacho, as provas reunidas não sustentam que árbitros, delegados e observadores aceitavam o Kit Eusébio como contrapartida para alterar ou influenciar resultados desportivos.
O Kit Eusébio incluía uma caixa com uma réplica da camisola do antigo futebolista, além de ingressos para o Museu Benfica-Cosme Damião e convites para o restaurante Museu da Cerveja. O Sporting defendia que o valor era muito superior a €250.
Oito anos depois, a decisão no despacho indica que as provas recolhidas apontam para o aceite de vantagens por parte dos árbitros, delegados e observadores, mas na época dos acontecimentos, o crime de recebimento indevido de vantagem no desporto não estava contemplado legalmente.
Em 2016, a UEFA também havia arquivado o ‘Caso dos Vouchers’. Bem mais rápido.