Alexander Bah, disponível aos jornalistas na concentração da Dinamarca no Catar, diz que ainda entra nervoso na Luz quando tem de jogar lá. Sobretudo quando defrontou Juventus e PSG na Champions.
«Quando jogamos no Estádio da Luz, com 50 mil pessoas nas bancadas, ou mais, é como jogar ao lado de 28 ou 29 jogadores. Os adeptos do Benfica são apaixonados pelo clube e querem sempre que tu jogues mais e melhor. Está a ser uma experiência linda, mas, sinceramente, ainda não digeri tudo muito bem, pois ainda fico nervoso quando entro em campo e as bancadas da Luz estão cheias».
Roger Schmidt chegou, viu e (para já) está a vencer. Alexander Bah está a adorar a experiência de ser treinado pelo alemão: «É difícil falar dele em pormenor, porque até agora tive poucos treinadores na minha carreira, mas ele é um treinador espetacular, taticamente muito bom e que sabe quando e como deve criticar ou elogiar um jogador. Não sei dizer em que áreas ele é bom, porque ele é muito bom em quase todas.»
E haverá segredo para que a equipa leve 26 jogos sem conhecer a derrota? Bah não o encontra, embora fale de algo muito específico: «Não sei, sei apenas que essa é uma estatística meio doida. Mas dou-vos um exemplo: quando jogámos com o PSG, chegámos ao intervalo e ele estava muito zangado, pois sabia que podíamos fazer bem melhor. Disse-nos que ainda podíamos ganhar e, apesar de não o termos conseguido, empatámos e acabou por ser bom. A chave do êxito é que ele exige muito de todos os jogadores.»
Papel de Schmidt na presença no Mundial: «Grande. Acho que se estivesse a jogar pelo Slavia ou outro clube não estaria aqui. Acho que não estaria aqui se não fosse o Benfica e Roger Schmidt. Queria fazer parte da lista, se não estivesse, teria jogos em Portugal. Acreditava que mais tarde ou mais cedo estaria na Seleção e agora estou muito feliz.»
Expectativas: «Espero que estejamos bem, como nos últimos anos. Vamos ver. É difícil dizer, há muitos adversários fortes. Vamos pensar jogo a jogo.»
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