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Os tempos em que Pinto da Costa era padrinho de Bruno Paixão

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O árbitro de Setúbal que apitou o jogo FC Porto-Sporting, a contar para a Supertaça Cândido Oliveira, em 2007, contou com uma palavra amiga de Pinto da Costa quando foi promovido a internacional. O presidente do clube intervencionado pela UEFA chegou a dizer que Paixão merecia subir de categoria, numa das conversas interceptadas pela PJ, durante as investigações do processo ‘Apito Dourado’.

Paixão, no entanto, viu o caso, onde o seu nome foi envolvido, ser recentemente arquivado pela equipa de Maria José Morgado, a procuradora nomeada no final de 2006 para investigar as certidões do processo ‘Apito Dourado’. As referências ao árbitro surgem por duas vezes nas milhares de páginas das escutas telefónicas, sendo em ambos os casos tido como um árbitro próximo dos azuis-e-brancos. Numa das conversas (4/07/2003), que teve como protagonistas Pinto da Costa e Pinto de Sousa, o tema anda à volta das classificações. Pinto de Sousa começa por dizer ao presidente dos azuis-e-brancos que Pedro Henriques (que hoje tem avença com o Sporting e comenta na Sport tv) ficara em terceiro lugar, e não João Ferreira, de forma a que aquele árbitro pudesse apitar a final da Taça de Portugal. Depois, falam sobre Bruno Paixão. Pinto de Sousa dá conta a Pinto da Costa de que também iria tentar alterar a classificação do árbitro de Setúbal, de forma a que ultrapassasse Carlos Xistra. “Vamos ver se o pomos a internacional”, disse Pinto de Sousa, enquanto Pinto da Costa se mostrava satisfeito. “Ele merece”. Ouvido pelos investigadores, Bruno Paixão negou depois que tivesse feito qualquer pedido. Além disso, e embora nesse ano (2004) tivesse sido efectivamente promovido a internacional, a verdade é que a classificação não terá sido alterada. Carlos Xistra manteve-se à frente e Pinto de Sousa disse mais tarde a Pinto da Costa não ter conseguido fazer a alteração. Há outra escuta relativa a uma meia-final da Taça de Portugal (2003/04), onde Pinto da Costa refere uma série de nomes de árbitros que pretendia que fossem nomeados. Um deles voltou a ser Bruno Paixão. “Acho que pode ser o Bruno (…) Não nos apita há muito”, disse Pinto da Costa a Pinto de Sousa, dia 1 de Março de 2004. E Paixão foi mesmo nomeado para esse encontro, em que o FC Porto foi a Braga ganhar por 3-1.

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