Eis o que disse Pinto da costa a propósito da academia, nas eleições: “Quando estávamos quase a chegar a acordo e o referido senhor teve máxima compreensão e lisura, ele ficou preocupado quando viu que havia um candidato que dizia que seria o Vale e Azevedo de azul e branco. Ficou preocupado e eu também ficaria. Se estou a fazer um negócio com uma entidade cujo possível futuro presidente vai rasgar os contratos… Eu disse-lhe que não era para nós, era de interesse máximo para o FC Porto e um valor que nos responsabilizávamos a pagar”
Agora ficámos a saber que a antiga direção liderada pelo antigo presidente Pinto da Costa, passou um cheque de 510 mil euros à Câmara Municipal da Maia, no passado dia 14 de maio, relativo à segunda tranche da compra dos terrenos na freguesia de Nogueira e Silva Escura, mas esse valor não teve cobertura bancária.
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O assunto foi lançado, esta segunda-feira, à discussão por Alexandra Carvalho, diretora do departamento de finanças da Câmara Municipal da Maia, numa nova reunião do executivo, onde o presidente António Silva Tiago revelou, pela primeira vez, que chegou a falar com Pinto da Costa e Fernando Gomes sobre o facto do cheque ter batido no teto. Do ex-presidente e do ex-administrador financeiro da SAD portista, recebeu a garantia de que o problema seria resolvido antes de darem posse à nova administração do FC Porto, chefiada por André Villas-Boas.
A promessa dos administradores cessantes do clube não foi cumprida e, nesta altura, o referido cheque ainda não foi coberto.
O processo de publicação da hasta pública em Diário da República antes de ser aprovada pela Assembleia Municipal também foi explicado por Alexandra Carvalho, tendo sido confirmado que, em bom rigor e cumprindo a lei, essa ação só poderia ocorrer após a dita deliberação, pelo que todo o processo poderá traduzir-se num ato nulo.
Devido a isto, a hasta pública lançada pela Câmara Municipal da Maia pode cair, abrindo portas para que André Villas-Boas possa concretizar a construção de um Centro de Alto Rendimento no Olival. Caso este cenário se efetive, a SAD do FC Porto irá reaver os 680 mil euros referentes à primeira tranche de 20 por cento do valor adjudicado.
O Vale e Azevedo afinal foi Pinto da Costa