Jorge Jesus quando lhe foi perguntado pela tremedeira.
«Quando sabes o que fazes e tens confiança nos teus jogadores, nunca tremes. Os adeptos estiveram sempre com a equipa, mesmo quando o Paços estava a vencer. Nunca tremeram. Sabem o que é o Benfica e sabem o valor dos jogadores. Só treme quem não tem qualidade. Podemos não ganhar, mas não trememos.
A história do jogo são os golos. O Paços marcou aos 55 minutos, mas nos outros 50, podia estar a perder por 3-0 ou 4-0. Na primeira parte tivemos três bolas na cara do guarda-redes adversário e não marcámos. Na segunda parte tivemos as mesmas bolas na cara do guarda-redes e marcámos. Não analiso um jogo pelos golos. Sei que para ganhar tenho de marcar, mas não analiso a minha equipa pelos golos. Não analiso a equipa por ter feito dez golos em dois jogos, mas sim pelo treino e pelo que vejo no jogo. Estou sempre tranquilo, nem me manifesto nos golos.
Sabia que o Paços ia criar dificuldades. Na primeira parte tivemos mais ‘dificuldades’. Tinha de arriscar e colocar alguns jogadores a jogar. Notou-se que estão fora dela. Não conseguiram impor intensidade no jogo nem defensivamente nem ofensivamente. É verdade que na segunda parte foi mais fácil.
Quero dar os parabéns à minha equipa e aos jogadores que entraram. Entraram focados nas tarefas que tinham de fazer. E quero dar os parabéns ao árbitro. A maioria dos árbitros apita quando os jogadores caem. Não sabem analisar o que é falta ou não. Os jogadores fazem-se às faltas fora da área não é só dentro. Dou os parabéns ao árbitro, não foi em tretas dos jogadores.
Seferovic? Se jogasse mais tempo, não tinha este rendimento. Esteve mais de dois meses parado. Tinha pensado colocá-lo a jogar mais tempo, mas o jogo às vezes dita coisas… e temos de mudar. Achei que era o momento para colocar dois avançados no corredor central e deixar o Everton e o Rafa como criadores. O jogo do Seferovic é este. É um goleador, não é um jogador de velocidade como o Darwin. O Benfica precisava de jogadores na área neste jogo e foi o que fizemos.
Jogo contra o Barcelona? Uma vitória moraliza sempre seja contra quem for. Mas não é por termos ganho 4-1 ao Paços que a nossa confiança mudou. Vamos jogar contra um candidato ao título da Champions. Quando nos calhou o Barcelona no sorteio, parecia que já estávamos fora. Ainda não estamos fora. Estamos a lutar pelo apuramento com o Barcelona, não é com o Cascalheira. Isso dá-me orgulho.»