Recarrega Benfica, que o 38 já cá canta!

O Benfica e a vitória da medida de todas as coisas

O Benfica é campeão paritário no futebol, ganhou em masculinos e femininos. É a vitória da medida de todas as coisas, um sentimento positivo de equilíbrio, com uma mística, um querer e de uma paixão clubística que é a maior de Portugal e uma referência global.

 

E o Benfica ganhou. Ficou em primeiro, foi o melhor, jogou um futebol empolgante em boa parte de um campeonato atípico, interrompido por um Campeonato do Mundo forjado na corrupção e na excentricidade das estruturas internacionais do futebol, com altos e alguns baixos, com as tradicionais pressões e a recorrente vigência do modus operandi de quem vive na impunidade de uma bolha à margem do Estado de Direito e de um sistema judicial incapaz de investigar e julgar em tempo útil, sem recorrer à insustentável fritura da suspeita na praça pública ou dos conluios seletivos com os media.

Foi bonita a festa, a alma e a alegria de um povo que não precisa de ir ao estádio insultar adversários que não estão presentes em jogo, ainda que o estivessem; que não precisa de ter um banco aos saltos à espera de indultos aos sustentados desvios comportamentais face às regras do jogo em vigor; e que acolhe nos seus territórios a diversidade, sem risco para a integridade física, de quem fez outras opções clubísticas.

Foi muito bonita a festa, ao longo do ano, no renovado estádio, palco de novas oportunidades para a valorização do espetáculo desportivo como uma atividade com novas estéticas, em família e com sentido positivo, mas também um pouco por todo o lado onde o Benfica foi, dentro e fora do território nacional, com competência, eficácia e uma atitude recuperada, em linha com a mística de uma história de conquistas e de referências, sem paralelo em Portugal.

Foi um resultado construído pela liderança de Rui Costa, pela nova equipa técnica liderada por Roger Schmidt e por um renovado sentido de compromisso dos mesmos jogadores do ano passado e dos acrescentos de valor, ora da formação, ora da contratação, em qualquer um dos casos, com assertividade. Deu gosto voltar a ver futebol, mesmo que a paixão e o amor clubístico nos puxem sempre para adesão ao que nos é apresentado, ainda que sofrível. Essa chama e força imensa, incondicional, sempre presente, seja onde for.

Correu tudo bem? Claro que não. Depois de tanto encantamento e vantagem em campo, sem truques ou mãos alegadamente invisíveis, por vezes, tão à mostra que envergonhariam o mais empedernido gato escondido com rabo de fora, podíamos ter ganho mais cedo, não tivéssemos lesões cruciais, baixas de forma e ainda alguns nervosismos que se apoderaram da equipa perante os rivais diretos, as arbitragens habilidosas e outras contrariedades.

Agora que ganhámos, é tempo de pôr os pontos nos iis:

 

O Benfica ter ganho não transforma nenhuma realidade negativa em positiva, só pode gerar melhores condições para fortalecer o projeto, afastando tentações de ida ao pote da instituição e da SAD; reforçar a competitividade e sustentabilidade do plantel nas diversas posições; manter um sentido de equilíbrio na gestão e continuar a gerar ainda melhores condições para a valorização de todas as modalidades, de quem as pratica e de quem assiste às prestações do Glorioso.

 

O Benfica ganhou, isso nos envaidece, mas não descansa, é preciso continuar a construir o processo de liderança e de vitória, exigindo regras claras e respeito pela instituição.

O Benfica é campeão paritário no futebol, ganhou em masculinos e femininos. É a vitória da medida de todas as coisas, um sentimento positivo de equilíbrio, com uma mística, um querer e de uma paixão clubística que é a maior de Portugal e uma referência global.

Recarrega Benfica, que o 38 já cá canta!

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