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Rui Gomes da Silva: O FC Porto converteu-se hoje numa esponja que quer liderar o antibenfiquismo.

Na antevéspera de um Benfica-Porto

A CAMISOLA DO ÁRBITRO
É uma graça antiga, mas as redes sociais retratam a realidade com a «nudez crua da verdade» (Eça de Queirós sempre).
Nos últimos dias, voltei a receber a anedota que, em meia dúzia de segundos retrata, de forma fiel, o que muitos pensam… «À saída do Dragão… – Pai compras-me uma camisola do Porto? Qual queres? A do Casillas? A do André Silva? Não, a do árbitro!» Vale o que vale, mas vale!
E não deixa de traduzir uma sensação… que deixa de o ser e passa a ser um problema quando temos a sensação de que pode ser verdadeira! Não por incompetência de quem decide, mas por medo!
Medo agravado desde a visita ao centro de treinos dos árbitros (pelos adeptos do… Canelas, será???).
Medo de que uma decisão bem tomada, contra eles, possa gerar uma onda de retaliações… sobre eles ou sobre as respetivas famílias…
Ou que uma decisão bem tomada,a «nosso favor, possa levar ao mesmo»

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VELHAS ESTRATÉGIAS, ARMADILHAS NOVAS
Ou não acharão estranho que a balança caia sempre para o mesmo lado? Já nem falo de quem passou a ter penalties à dúzia, porque esses só se vão preocupar em tentar dar o campeonato aos amigos! Como os amigos – o ano passado – lhes tentaram oferecer o campeonato. E se o amor é lindo, então entre clubes com um ódio ao Benfica maior do que a vontade de ganhar, ainda é mais enternecedor! Estas são as novas armadilhas de um poder caduco e gasto! Caduco na forma, fasto no conteúdo! Mas ainda capaz de fazer mossa – pelo medo – no estertor do seu desaparecimento…
Apesar de já lá não estar quem eles gostavam de ver apitar, o medo… faz das armadilhas… maravilhas!

A BIPOLARIZAÇÃO DE QUE GOSTAM
Pois apesar de serem um poder caduco e gasto, tiveram a capacidade de recuperar com uma estratégia de bipolaridade (a única em que se conseguem movimentar). Não sabem viver em mundos abertos, em quadros de várias players, porque são maniqueístas. Para eles, só há… bons e maus!
E, tendo convencido disso os anti-Benfica de Lisboa, logo os engoliram nessa estratégia. E rejubilam com tamanha simplicidade, já que não compreendem teorias dos jogos, com mais de dois intervenientes, e muito menos quaisquer métodos dos modelos, com variáveis intermináveis a confundir-lhes os espíritos. Para eles, qualquer pensamento que fuja da relação causa/efeito é muito elaborado, pois foge da forma dicotómica como vêem o mundo! Estás-lhes no espírito – que não o Santo – a máxima «primeiro ação, depois pensamento» (como diria alguém, também Ministro, como eu, no tempo em que tanto se preocupam em recordar-me). Apesar de, por lá, haver gente muito válida que conheço bem de outras paragens…
Mas a crise de títulos leva a estratégias diretas, pelo que não será preciso ser muito perspicaz para perceber que é ação, ação, ação, e só depois… pensamento. Ora, como o tempo não tem chegado e os títulos não estão fáceis, reduz-se tudo à bipolaridade entre o Benfica e o anti-Benfica. Anulando, com isso, a autónoma estratégia do Sporting, o que conseguiram, de novo, este ano, depois de um período de alguma indefinição. Jogando com a inveja dos que, em Lisboa, preferem a derrota do Benfica à sua própria vitória (reação própria de adeptos de clubes cada vez mais pequenos, entalados entre dois grandes, que perderam o comboio de regresso à glória, por erros próprios). Esse ódio ao Benfica leva-os a serem subservientes em relação a quem mais, em cada momento, combate o Benfica (que terá tendência a agravar-se com tudo o que poderão ser as declarações da Europa do futebol, nos próximos tempos). E o Porto serve-se desse ódio ao Benfica para meter o Sporting no bolso. Num quadro total de subordinação estratégica. Porque – mais do que ganhar – o que fascina um bom sportinguista é o combate ao Benfica, o que mais o seduz é uma derrota do Benfica, o que mais o excita é ver o Benfica não ganhar! Gozam pouco… mas sonham muito. Ou seja, estão para as vitórias como alguns para as mulheres bonitas que vêem em revistas da especialidade (ou as que lhes parecem ser, quando os convidam para o Calor da Noite): sabem que existem, mas nunca as poderão conquistar! Por isso – por esse ódio transformado em objetivo – e pelo que isso implica, estrategicamente, destroem todos os dias o capital do Sporting. O Porto percebeu essa fragilidade do clube do Visconde (embora já não de viscondes, como se nota pela linguagem e pelos comportamentos) e, com a experiência por ter despachado, sem contemplações, o Boavista (ao 1.º título de campeão), como tinha feito, anteriormente, ao Salgueiros, ao Leixões, etc…, passou a condicionar e a manietar o Sporting. De esponja regional (que tudo absorve) converteu-se hoje numa esponja que quer liderar o anti-benfiquismo, contando, para isso, com a ajuda de quem põe o ódio ao Benfica acima dos projetos.

A MENTIRA DOS JOGADORES À PORTO
É neste quadro estratégico que se movimentarão as peças até ao fim do campeonato. Todos contra nós, como no ano passado. Com ou sem malas, mas a valer tudo para nos tentarem ganhar!
Seria bem que a FPF – tão preocupada (e bem) com a combinação de resultados – esteja também atenta a toda a tentativa de compra extraordinária de esforços… de quem joga contra nós!
Porque, por eles e para eles, vale tudo…
Até o desenhar (literalmente) sobre o que era um jogador à Porto, para, na primeira oportunidade, se provar ser tudo mentira. Porque se não o fosse, ninguém chegaria e jogaria sempre. Porque se não o fosse, ninguém chegaria e relegaria para o banco o novo menino querido das Antas…
Porque se não o fosse, ninguém chegaria e saberia cavar melhor penalties do que os que andaram a treinar isso mesmo, desde o início da época…
Afinal – como se prova – o jogador à Porto é pura mentira. Porque, verdade, verdade, verdade mesmo, foi o que mudou com o assalto ao centro de treinos da Maia.

JÁ AGORA… VENCER O PAÇOS DE FERREIRA
Tudo isto só terá sentido se não lhes dermos uma alegria em Paços… Se ganharmos esta e todas as outras 8 finais, que se seguem a esta, na Liga, até à jornada 34.
Vamos a isso, Benfica???

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