Rui Vitória: “Vamos introduzir várias mudanças. A primeira mudança tem de ser interior”

Treinador do Benfica falou pela primeira vez depois de ter estado perto de sair do clube

Presidente falou em jogar à Benfica: “Primeiro há que dar os parabéns ao presidente pela franqueza na conferência. Percebe-se pelas palavras quem é o presidente. Aquilo revela o que são as pessoas. Até meados de outubro fomos a melhor equipa, de lá para cá não fomos. Estamos em quatro provas, vamos disputá-las. Não estivemos bem, temos essa clareza. Quem perdeu orgulho pelo Benfica, vai voltar a ter orgulho pelo Benfica. Quem tem alguma eventual fraqueza a olhar para a equipa, vai voltar a ter certeza. Temos de estar unidos. O que ouvi dos meus jogadores é que só pode haver um Benfica. Não é este o caminho que queremos. É outro, o da união. Não é fácil algumas pessoas ouvirem isto, mas quando o Benfica está forte, é dificil ser derrotado.”

Rui Vitória: “Era muito fácil já estar a apanhar o avião para outro lado”
Como ficou a relação com a estrutura, sabendo que algumas pessoas queriam que saísse? “Trabalhamos de forma honesta e sincera. Era fácil, para qualquer das partes estar a apanhar um avião e seria treinador de outra equipa. Entendemos que esta era a melhor solução. Foi uma reflexão conjunta. Não vivo dessas questões. Sabia o que estava a passar-se. Não foi por dinheiro que fiquei ou saí do Benfica. Foi por compromisso, pelo projeto que iniciei aqui. Este projeto que está em funcionamento é um prazer enorme, um gozo enorme. Sabia o que se passava em relação ao pensamento das pessoas.”

Presidente falou da equipa. Jogadores não têm dado o que se esperava? “Foi um dia importante e há mudanças claras para todos os lados. Vamos introduzir várias mudanças. A primeira mudança tem de ser interior. Todos têm de sentir isto. Quem cá está há mais tempo sabe que custou muito ganhar títulos e quem está a chegar tem de saber representar o Benfica. Um ou outro jogador podem não perceber isso e ainda têm de perceber e rapidamente, senão não estão aqui a fazer nada.”