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Salvador: "Quem for sério sabe identificar a origem desse ruído e percebe que ele vem sempre dos mesmos e sempre com a intenção de favorecer os mesmos"

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O presidente do Sporting de Braga deu uma entrevista ao Record falando do actual momento do futebol português onde FC Porto e Sporting têm sido os pricipais responsáveis pela onde de crispação.

R: Quem deve definir uma regulamentação que penalize quem entre no que qualificou como “onda de crispação”?

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AS – Ninguém se pode demitir de responsabilidades. No limite, eu acho que até o Governo deve meter mão nisto. Estamos a falar de um sector de atividade que movimenta muito dinheiro e que tem uma grande força mediática. O que se tem passado causa danos ao país.

R: Um murro na mesa como o que deu contribui para o clima tenso ou os dirigentes estão obrigados a um voto de silêncio?

AS – Quem não estiver preparado para ser avaliado está a mais. Concordo que há demasiado ruído no futebol português, mas quem for sério sabe identificar perfeitamente a origem desse ruído e percebe que ele vem sempre dos mesmos e sempre com a intenção de favorecer os mesmos. O Sp. Braga manifestou-se porque, como eu disse, tinha de dar conta da sua apreensão e tinha de apresentar as suas questões. Infelizmente, os vários responsáveis sacudiram, como é costume, a água do capote e não tiveram a coragem de contribuir para um futebol mais transparente. Desperdiçaram uma excelente oportunidade, porque as nossas perguntas foram honestas e se as respostas também o fossem, de certeza que teriam sido dadas.

R: O Governo deve continuar a assistir a este estado de coisas sem ter intervenção?

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AS – Como lhes disse, entendo que a reflexão e a atuação deve envolver todas as entidades. O Governo não se pode colocar à margem. Se for preciso, e eu acho que é preciso, o Governo tem de atuar.

R: A morte de um adepto italiano do Sporting, perto da Luz, foi devidamente entendida como um sinal de alerta?

AS – Acha que foi? Mudou alguma coisa? Quem nos garante que hoje ou amanhã não se repita e se calhar até dentro de um estádio de futebol?

R: A força da máquina de comunicação dos grandes mudou em definitivo, e para pior, a forma como o futebol é encarado em Portugal devido às constantes picardias em que se envolvem?

AS – As máquinas de comunicação só são fortes porque contam com a colaboração dos media. Você vê mais algum país onde isto aconteça? Acha normal que não haja um órgão nacional numa conferência do treinador do Aves, mas que as redações vão a correr se um diretor de comunicação[de FC Porto e Sporting] levantar um dedo? Tenho de ser muito frontal nesta questão: os diretores de comunicação são uma criação dos media, são parasitas dos media, porque se alimentam deles e vivem à sua custa.

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