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Telma Monteiro e Célio Dias gravemente prejudicados

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O Sport Lisboa e Benfica vem por este meio esclarecer por que motivos os atletas Telma Monteiro e Célio Dias não competirão no Grand Prix de Budapeste, que tem lugar nos dias 21 e 22 de Junho, prova de apuramento olímpico para os Jogos Rio de Janeiro 2016.

A judoca, Telma Monteiro, contactou esta semana o director técnico, Rui Vieira, a perguntar pelo plano de voo desta deslocação, não obtendo esclarecimento sobre o mesmo visto que este “não estava na federação”. Mais nenhuma informação foi dada.

Apenas na quinta-feira, dia 12 de Junho, Rui Vieira informou os treinadores dos atletas do Sport Lisboa e Benfica que estes não iriam competir em Budapeste porque a inscrição não fora aceite. Quando questionado quanto aos motivos, o dirigente apenas respondeu que não é “responsável pelos serviços administrativos e vão ser apuradas responsabilidades”.

Algo que parece tão simples e com uma abordagem “descomprometida” por parte da Federação Portuguesa de Judo implicará a alteração de um rigoroso plano competitivo dos atletas; terá de ser escolhida outra prova para competir pelo apuramento para os próximos Jogos Olímpicos e, no mesmo sentido, alterar a data prevista para um estágio no Japão tendo em vista a preparação para o Campeonato do Mundo que se realiza no final de Agosto, com os respectivos custos extra da nova prova – que poderá ser o Grand Prix da Mongólia ou o Grand Slam de Moscovo – bem acima do orçamento para o Grand Prix de Budapeste.

Na verdade, diga-se objectivamente: a inscrição de aletas com o currículo e o estatuto de elite de Telma Monteiro e Célio Dias, entre outros, foi feita fora do prazo.

O Sport Lisboa e Benfica manifesta total apoio aos seus judocas pelo prejuízo que estes sentem perante uma situação inédita na modalidade. Tudo porque os serviços administrativos da FP Judo demonstram total falta de capacidade para assumir processos burocráticos que, com este tipo de falhas, podem influenciar negativamente a carreira de atletas de elite que representam Portugal ao mais alto nível.

O facto de poder o apuramento olímpico ser garantido noutra competição não invalida o acto irresponsável da federação, organismo que, em primeira instância, devia ter como prioridade dar todas as condições para que a participação dos atletas estivesse garantida, segundo o calendário de competições previsto.

Em correspondência burocrática trocada com os atletas, o director técnico admite que “Por falha administrativa interna (envio fora do prazo limite das inscrições), a Federação Internacional de Judo não aceitou a inscrição da nossa comitiva no Grand Prix de Budapeste. Obviamente que o planeamento já acordado vai ser prejudicado. Qualquer das formas devemos tentar encontrar a melhor solução para este constrangimento…”

Além de evidentes deficiências de organização numa modalidade que tem trazido ao País prestígio e notoriedade internacional pelo empenho e dedicação de atletas e técnicos, torna-se essencial referir que o facto de Telma Monteiro e Célio Dias não cumprirem o plano de competições atempadamente traçado e aceite prejudicará as suas ambições no ranking mundial, uma vez que muito provavelmente os seus adversários ganharão vantagem em Budapeste. E com melhores posições no ranking terão estes, na mesma medida, mais facilidade em sorteios futuros.

No fundo, é toda uma época que pode ficar em causa. E porquê? Porque um organismo de “Utilidade Pública” não consegue garantir serviços mínimos no apoio administrativo a atletas com o desempenho desportivo de Telma Monteiro, quatro vezes campeã da Europa e três vezes vice-campeã do Mundo, e Célio Dias, uma das grandes promessas do Judo português com legítimas ambições de atingir as medalhas no Rio-2016.

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